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Raoni Carneiro estreia no papel de pai

Foi em dezembro de 2009 que o ator Raoni Carneiro estreou no papel mais importante da sua vida: o de pai. E, assim como muitos de sua geração - ele está com 28 anos -, chama para si a responsabilidade e faz questão de participar no cuidado e educação da filha, Luisa, de sete meses, e dividir as tarefas com a mulher, a atriz Fernanda Rodrigues, com quem tem um relacionamento há dois anos. 

A missão é encarada com prazer. Tanto que ele conta que foi uma opção do casal não ter uma babá nos primeiros meses de vida da filha, que geralmente são os mais complicados. "A única condição para que isso desse certo é que trabalhássemos como um time. Participo de tudo", ele conta. Além de curtir a filha, Raoni Carneiro concilia a vida pessoal com a profissional que, aliás, anda bem agitada.

No ano passado Raoni Carneiro participou de duas produções da Rede Globo: a novela "Negócio da China" e a série "Ger@l.com". Além disso, trabalhou como ator e produtor do espetáculo "A Tragédia de Romeu e Julieta", que lhe rendeu um Prêmio FEMSA de Teatro Infantil e Jovem, um dos mais importantes da categoria. E ainda encontra tempo para assumir os vocais da banda Trupe.

Volta e meia, Raoni Carneiro é flagrado pelas ruas do Rio de Janeiro em momentos paizão, ao lado de Fernanda Rodrigues e da filha. Atualmente, divide seu tempo entre as gravações do seriado "A Vida Alheia", em que interpreta o jornalista João, e a vida em família. 

Em entrevista à Alô Bebê ele conta a rotina que mantém com Luísa, fala sobre como enxerga a paternidade nos dias de hoje e das expectativas que tem em relação ao futuro.

 

Alô Bebê: Como tem sido a sua participação na vida da Luisa nestes primeiros meses? Você tem trocado fraldas, acordado de madrugada para dar mamadeira?

Raoni Carneiro: Sim. Optamos por não ter babá nestes primeiros meses. A única condição para que isso desse certo é que trabalhássemos como um time. Participo de tudo: troco fraldas, dou papinha e, principalmente, dou banho no chuveiro. Este é o momento em que a criança aprende que tem pai, na minha opinião. O contato materno é muito intenso e único. Mas, se eu deixar tudo para a Fernanda, além de sobrecarregá-la, não vou curtir a minha filha. Por isso, somos um time. Todas as coisas que eu posso fazer para ajudar a Fernanda e a Luisa, eu faço.
  
Alô Bebê: O que você trouxe da sua criação para o relacionamento que está construindo com a sua filha? 

Raoni Carneiro: Acho que o amor que meus pais me deram e o quanto é importante para o filho ter um pai sempre presente. 
  
Alô Bebê: O modelo de família atual mudou. Existem pais muito jovens, muito velhos, solteiros, homossexuais, adotivos. Como você enxerga esta mudança? 

Raoni Carneiro: Pai é aquele que dá amor e cresce junto. A sociedade mudou muito, isso nem se discute, mas a condição humana não muda. Somos seres racionais e a procriação é parte da natureza. Não tenho nenhum preconceito e acredito de verdade que todos devem passar por essa experiência na vida. 

Alô Bebê: Você acredita que estas mudanças, principalmente no que se refere à participação dos pais nos cuidados com as crianças, são positivas? 

Raoni Carneiro: Para mim essa participação é muito positiva, o homem não pode sentir algo maior. O cuidado com a criança era tarefa única e exclusiva da mãe. Eles não sabem o que perderam vivendo no conceito de "macho imperativo". Hoje, amo uma pessoa que conheço há pouco tempo e que me fez mais homem ainda.

Alô Bebê: A vida de quem trabalha na TV costuma ser muito corrida. Como você tem reservado tempo para a sua filha? Como gasta o tempo que tem com ela? 

Raoni Carneiro: Passo bastante tempo com ela. Muitas vezes me pego trabalhando em casa e percebo que estou perdendo alguma descoberta dela. Adoro brincar com ela, fico ouvindo-a, vendo-a tentar se levantar, e fico imitando. Algumas vezes eu canto e toco violão pra ela, que ama esse tipo de coisa.
  
Alô Bebê: Como tem sido a relação de vocês e da Luisa com a mídia? Vocês têm tentado protegê-la de paparazzi? 

Raoni Carneiro: Sim. Estamos sempre pensando nela. Mas, na verdade, muitas vezes não há o que fazer. Vivemos em uma cidade em que atrás de qualquer árvore pode pintar um fotógrafo. No que depender de nós, vamos protegê-la ao máximo, pois a nossa profissão não foi escolha dela. Mas temos consciência de que nem sempre será possível.
  
Alô Bebê: Você é ator, músico, produtor e diretor, e a Fernanda Rodrigues também trabalha no meio artístico. Você apoiaria sua filha se ela um dia quiser seguir carreira semelhante à sua?

Raoni Carneiro: Eu quero dar a ela o privilégio que tive. Meus pais me deram a oportunidade de escolher e seguir o meu sonho. Eu quero que ela tenha esse mesmo direito. Ela vai ser o que desejar ser.
  
Alô Bebê: A Luisa está com sete meses. Ela já tenta engatinhar, já reconhece as pessoas, já brinca? Como tem sido para você, como pai, acompanhar essa fase tão gostosa dela?

Raoni Carneiro: Me divirto quando ela consegue engatinhar e fica indo e voltando como se fosse um carro tentando pegar no tranco. É muito engraçado.
  
Alô Bebê: Quais são os planos para o futuro? Pretende ter mais filhos? 

Raoni Carneiro: Meu plano para o futuro é ver a Luisa crescer. Quero ter mais filhos, mas sem preferências. Menino ou menina, o que vier, vai ser demais!