logo Alô Bebê
 

Terapia de apoio para gestantes

Se a mulher vive uma gestação confortável e tranquila, depois dos nove meses de espera, seu bebê será saudável. Até aí, nenhuma novidade. O que mudou nos últimos anos é o cuidado que médicos e terapeutas vêm dedicando à saúde emocional da mulher, ao longo desse período de profundas transformações.

As mudanças hormonais que revolucionam o organismo feminino durante a gestação, aliadas à natural preocupação com as novas responsabilidades, fragilizam a mulher e podem levá-la a estados de ansiedade e até de depressão. "A barriga de uma grávida é uma caixinha de surpresas e a ansiedade comum na gestação é resultado de medos e fantasias", observa a psicanalista Monica Zacharias.

Atenta à questão, Monica - que desenvolve uma tese sobre depressão pós-parto - iniciou um trabalho especialmente voltado para a obstetrícia. Em sua clínica, ela pratica terapia de apoio e vale-se também da terapia corporal para cuidar das futuras mamães e garantir a elas tranquilidade nessa fase tão especial.

"A maioria das mulheres trabalha, às vezes têm outros filhos, obrigações de esposa, mãe e dona de casa. Por isso, o estresse é um sintoma muito comum durante a gestação", diz a psicanalista. Também a ansiedade marca esse delicado período e, se não houver um acompanhamento terapêutico adequado, pode transformar-se em depressão, principalmente depois do nascimento do bebê.

O medo e a ansiedade da futura mamãe tornam-se, então, o principal objeto de sessões semanais de terapia, quando o trabalho leva em conta as fantasias no inconsciente da mulher. A psicanalista também propõe terapia em grupo se, depois das sessões individuais, houver interesse da gestante. Em casos mais graves de depressão, informa Monica, o tratamento acontece a partir de encaminhamento dos próprios obstetras e tem continuidade após o parto.

A psicanalista desenvolve ainda um trabalho complementar corporal, através de massagens. Com isso, favorece um maior equilíbrio hormonal, alivia os desconfortos comuns na gravidez e eleva a autoestima da mulher. "O corpo fala e, em muitos casos, o trabalho corporal complementa a terapia depois de algum tempo", observa a especialista.

Esse acompanhamento da gestante pode acontecer ao longo de toda a gravidez e até depois do nascimento do bebê. "É um trabalho muito dinâmico, até porque temos um tempo delimitado para auxiliar a paciente", diz Monica. Os resultados? "Mamãe relaxada e criança feliz."