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Técnicas de Yoga colaboram para uma gestação tranquila

O período de gestação é uma fase que muda a vida das mulheres. Além da ansiedade pela espera do bebê, existe um turbilhão de transformações orgânicas e psicológicas que acontece durante os nove meses e que precisa ser trabalhado para não causar problemas, dores e incômodos à futura mamãe.

Uma das formas de lidar com estes fatores é por meio da yoga, prática milenar indiana que tem como objetivo a integração e equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

De acordo com a professora e consultora de yoga Nicole Witek, entre as diversas variações existentes, a mais indicada para as gestantes é o hatha yoga, ou yoga clássica, por intensificar a percepção das modificações corporais e propor posturas mais leves.

"Técnicas como as trabalhadas na power yoga, por exemplo, são mais focadas em posições corporais intensas, mais atléticas", explica Nicole. A consultora explica também que a prática de yoga pode ser iniciada a partir do terceiro mês de gestação, de acordo com a liberação médica.

"Como existem alguns exercícios que estimulam o sistema digestivo e podem ocasionar contrações abdominais, é importante que a mãe espere os primeiros três meses e tenha acompanhamento médico para iniciar a prática da yoga".

Segundo Nicole, as gestantes que já praticavam yoga antes de engravidar e que estão liberadas pelo médico podem participar das aulas desde o início da gravidez. De acordo com a professora, as mulheres já praticantes de yoga, com boa saúde e que sabem controlar as contrações não precisam interromper as aulas.

Inchaço nas pernas e dores nas costas podem ser aliviados com yoga

Cada fase da gestação será trabalhada na yoga de maneira adequada. Algumas posições são adaptadas ao período gestacional. A postura do corpo, que muitas vezes sofre abalos pelo peso da barriga, é um dos pontos intensificados para que haja melhor acomodação do bebê. Para Nicole, o fato da yoga trabalhar para manter a coluna ereta faz a região lombar ser menos solicitada. "A posição do útero é favorecida e o bebê fica mais bem acomodado na bacia. Além disso, a pele é menos esticada", afirma a professora.

Outros problemas comuns durante a gestação são o inchaço nas pernas e pés e a diminuição da capacidade respiratória. A diminuição da capacidade respiratória ocorre em virtude da compressão do diafragma, que reduz o espaço para o ar. A respiração fica mais curta e há dificuldade em subir escadas ou carregar sacolas, por exemplo.

A professora de yoga afirma que, com o trabalho respiratório adequado, há uma expansão da caixa torácica e um aumento da flexibilidade desta região. Isto compensa o bloqueio do diafragma e facilita a respiração.

Algumas posturas da yoga, associadas ao trabalho respiratório, amenizam também o inchaço. Nicole dá uma dica: "A mãe pode deitar com as pernas elevadas e respirar profundamente. Este exercício ajuda na circulação sanguínea, linfática e alivia o inchaço".

O esperado momento do parto também pode ser vivido com mais facilidade pelas adeptas da yoga. Os exercícios trabalham a região pélvica, o que deixa a musculatura mais flexível. A respiração é conduzida para acalmar a mãe no momento do parto.

Todos os benefícios proporcionados pela prática de yoga durante a gestação também refletem no bem-estar do bebê. A professora Nicole afirma que o bebê se desenvolve em uma atmosfera de tranquilidade e serenidade, consequência do equilíbrio materno.

A professora indica a frequência de uma a três aulas por semana ou de acordo com a indicação do médico. "A gravidez levou me à yoga e pude praticá-la até o último momento da gestação. Se a mãe estiver com a saúde perfeita, não há nenhuma contraindicação. Este momento, que é tão importante na vida da mulher, será mais prazeroso e saudável com a prática de yoga."