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Sobrepeso: como evitar que o bebê sofra com as gordurinhas

bebê comendo

É difícil de acreditar, mas atualmente o sobrepeso em bebês é mais comum do que se parece. Isto porque, hoje, no Brasil, a cada três pequenos, um está gordinho e com alto risco de apresentar ainda na infância problemas de gente grande, como colesterol alto, diabetes e doenças do coração. É importante ressaltar que tentar mudar os hábitos quando a criança chega à idade escolar já pode ser tarde demais para a saúde e a qualidade de vida do seu filho.

As medidas que devem ser tomadas na gestação são bem simples. Entre elas, manter uma alimentação saudável, amamentar o pequeno exclusivamente no peito durante os primeiros seis meses e estar atenta ao que será introduzido na dieta dele quando deixar o peito, como frutas, verduras e proteínas, podem evitar os quilos a mais.

Pesquisas indicam que a mamãe pode evitar o sobrepeso do seu bebê antes mesmo que ele nasça, ainda na gravidez, impedindo que o pequeno tenha problemas que o prejudiquem em sua vida adulta. O peso da mãe durante a gestação está diretamente relacionado ao peso da criança ao nascer, podendo acarretar em obesidade infantil. Os quilos a mais não afetam somente o bebê, mas também a mãe que pode desenvolver diabetes gestacional, aumento da pressão arterial, entre outras doenças. Por isto, é importante que ela se mantenha em forma durante o pré-natal e se alimente de acordo com as recomendações do médico.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, assim o bebê cresce saudável e dentro do peso para a faixa etária. Caso a mãe não possa amamentá-lo, procurar orientação com o médico sobre a extração e armazenamento de leite do peito na geladeira pode garantir a saúda da criança. Também é preciso ficar atento aos hábitos com a mamadeira, pois ela muda totalmente a dinâmica da alimentação do pequeno, já que boa parte das mamães estimula a criança a finalizar o que foi colocado no recipiente, fazendo com que ela beba mais do que precisa.

A papinha deve ser evitada antes dos 4 meses, e aos 6 meses os papais podem começar a introduzir frutas amassadas na alimentação do bebê, inicialmente apenas durante o dia e, aos 7 meses, também no jantar. Conforme crescem, a papinha deve conter todos os grupos de alimentos, como carne (primeiramente apenas caldo natural), legumes, cereais e carboidratos. É importante levar em conta também que os hábitos alimentares adquiridos na infância serão levados para o resto da vida, portanto, se seu filhote se recusa a comer certas verduras ou legumes, não desista! No início ele vai rejeitar os alimentos que não conhece, mas depois poderá gostar.

À medida que o pequeno fica maior, as calorias necessárias para o seu desenvolvimento saudável caem, e, por isso, é importante acompanhar as fases da infância para ensiná-lo a ir regulando sua saciedade sozinho. Nada de forçar a barra quando a criança não quer comer mais. Fazendo isso, mesmo sem perceber, os pais podem estar ensinando o filho a desconsiderar os sinais de saciedades que o corpo dá, comendo muito mais do que realmente precisa.

E se o meu bebê nasceu gordinho?

Você seguiu todas as recomendações do médico, mas seu bebê nasceu gordinho? É importante não se desesperar e ficar atenta ao desenvolvimento dele. Isto porque um estudo realizado nos Estados Unidos mostra que 79% das mães não notam absolutamente nada de errado na silhueta dos filhos; já no Brasil, 6,6% das crianças menores de 5 anos foram diagnosticadas com obesidade grave sem que a família percebesse!

Os problemas de sobrepeso podem aparecer já nos primeiros quatro meses de vida. Parece cedo, mas é possível. Isto ocorre, principalmente, pois, por aqui, o tempo da licença maternidade de apenas quatro meses é insatisfatório para a boa alimentação. Após este período, os bebês passam a receber alimentos complementares, enquanto que o leite materno é oferecido cada vez menos, alterando desde então a alimentação.

O que fazer?

Grande parte da responsabilidade de se ter um bebê e futuramente uma criança obesa é dos pais. Aqueles que não possuem uma alimentação saudável, com alimentos ricos em minerais, proteínas e fibras, não saberão cuidar e educar uma criança a ter uma alimentação saudável. Por isto, repense sobre os hábitos da sua família!

As atividades físicas vão ter que começar mais cedo nestes casos. Brinque com o pequeno, incentivando-o a engatinhar e andar. Se ele gostar de água, a natação é recomendada. Estes momentos, além de serem saudáveis para eles são ótimos para fortalecer os vínculos entre vocês. Já na escolinha, estimule-o a participar de jogos e atividades com os amigos para que o exercício deixe de ser um esforço, e se torne uma diversão.

Caso seu filhote seja diagnosticado com sobrepeso, o apoio dos pais é fundamental durante todo o tratamento, pois é impossível que a criança deixe de ser sedentária e se torne mais saudável quando a família faz tudo ao contrário. As atitudes alimentares são ainda mais relevantes para os pequenos até os 2 anos, porque eles ainda não possuem a capacidade de decidir o que irão comer ou não. Portanto, se você não a incentivar e motivá-la a ter uma dieta balanceada e também a gastar energia, ela irá continuar gordinho.

O sobrepeso pode acarretar em graves doenças para seus pequenos, e só se agrava conforme ele vai se desenvolvendo. Diabetes, hipertensão, colesterol alto, asma e problemas no coração podem reduzir drasticamente sua qualidade de vida e causar preocupação nos pais. Por isto, se alguém disser que seu bebê é fofucho e rechonchudo, fique atenta ao desenvolvimento e à silhueta do seu filho.