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Ser mãe e profissional

Cada vez mais as mulheres trabalham fora de casa ou estudam. Nenhum pediatra duvida de que as crianças preferem ter suas mães em casa para cuidar delas, protegê-las e amá-las. Nada substitui o amor materno.

É em torno desse amor que se solidificarão as relações com a mãe, em primeiro lugar, depois com o pai e, em seguida, com outros membros da constelação familiar, na qual ocupam lugar de destaque as avós e as babás.

A mãe que trabalha fora ou estuda tenta realizar a difícil tarefa de conciliar a vida doméstica com a profissional. Mesmo sabedoras das repercussões desfavoráveis da sua ausência sobre a saúde de seu filho, necessitam trabalhar fora ou estudar, para se realizarem, por necessidade de sobrevivência, para auxiliar no orçamento doméstico, ou, ainda, para permitir que os maridos possam estudar e progredir em suas carreiras.

As mães que trabalham fora, para que possam se ausentar do lar por longos períodos, terão que deixar seus filhos aos cuidados de outras pessoas. As mães que trabalham fora têm necessidade de contratar babás ou enfermeiras que fiquem em suas casas ou levar as crianças para as creches.

Para essas mães, qual a melhor solução para a criança? Que ela não seja retirada de seu ambiente. Então, conclui-se que será melhor deixar com uma babá ou enfermeira? Realmente, ainda existem casas que têm empregadas antigas, de inteira confiança, que praticamente fazem parte da família.

Hoje em dia, existe um grande rodízio de empregadas; será prudente deixar a criança com alguém praticamente estranho? Acredito que, nessa situação, a creche deve ser utilizada. Aí surge outro problema. As creches em boa parte são chamadas de guarda, ou seja, estruturadas para ficar com as crianças enquanto as mães trabalham fora e não para atender às suas necessidades de crescimento e desenvolvimento durante os anos mais importantes de sua vida. Isso obriga a uma escolha cuidadosa e criteriosa da creche, para que a criança não seja prejudicada. Existem boas creches, com pessoal habilitado a atender as necessidades do desenvolvimento de crianças pequenas.

O papel da mãe não pode ser avaliado por horas de presença e, sim, pela alegria que mãe e filho sentem ao estarem juntos. A grande maioria das mães que trabalham fora consegue cumprir bem o seu papel de mãe. Entretanto, não é pequeno o número de pais e mães que lastimam terem deixado passar os lindos anos de infância de seus filhos, sem que tivessem participado deles, por excesso de trabalho ou de estudo.

Dr. Manuel Naves