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Saúde do bebê: 9 problemas mais comuns e como tratá-los

criança no médico

Na maioria das vezes, as crianças não chegam a enfrentar doenças graves, pois os pais tendem a levá-las ao médico periodicamente, mas mesmo assim, uma hora ou outra os pequenos serão acometidos por situações nada agradáveis, deixando os responsáveis com o coração na mão.

Quando esse momento chegar, você precisa estar preparada para reconhecer e tratar seu pequeno, com a supervisão de um profissional. Por isso, aprenda desde já quais são os problemas mais comuns na infância e o que fazer para preservar a saúde do bebê:

1. Alergia

Seja por motivos respiratórios, como a asma e a rinite, por motivos ambientais, como a estreia de uma roupa nova, ou devido à introdução alimentar, as alergias podem causar sintomas como espirros, entupimento do nariz, tosse, falta de ar, descamações na pele, coceira e diarreia. Para cuidar, o primeiro passo é descobrir o motivo da alergia com o auxílio de um especialista.

Se for no sistema respiratório, a criança precisará de tratamento constante, principalmente nos períodos mais frios do ano; se for por motivos ambientais, o afastamento da situação tende a resolver o problema, e se for devido a algum alimento ingerido, é preciso retirá-lo da alimentação, pelo menos até normalizar a resposta do organismo.

2. Catapora

As bolinhas vermelhas na pele das crianças de 2 a 10 anos de idade durante a primavera não mentem: seu filho pegou catapora! Além das manchas, coceira e mal-estar indicam que a criança está contaminada pelo vírus transmitido pelo ar ou pela pele. Uma vez que tenha contraído a doença, a criança fica imune a uma retomada, e as estatísticas apontam que 90% já cheguem imunes à idade adulta.

O tratamento é paliativo e receitado pelo pediatra, com administração de remédios para baixar a febre e aliviar a coceira. Também é recomendado cortar a unha do pequeno para evitar infecções secundárias. A doença não costuma ter complicações, mas se a criança estiver com a imunidade baixa, ela pode desenvolver pneumonia e, em casos graves, inflamações no cérebro.

3. Caxumba

A caxumba é uma doença antiga, muito conhecida pelas vovós das crianças, mas que nos últimos anos voltou a atacar os pequenos. O vírus atinge a parótida e outras glândulas salivares, provocando inchaço e dor na região da mandíbula, em um ou em ambos os lados.

O tratamento indicado é o repouso absoluto, e uma boa alimentação e hidratação, até que os sintomas desapareçam. O maior perigo está no caso dos meninos: embora seja raro, a caxumba pode acometer os testículos, deixando-os estéreis. Há vacinas eficazes para prevenção, como a tríplice viral e a tetraviral, indicadas entre o primeiro e o segundo ano de vida em duas doses.  

4. Cólica

Rostinho vermelho de tanto chorar, corpo encolhido e dedos contraídos são os indícios típicos das cólicas nos recém-nascidos, que costumam melhorar após os três meses de vida. Elas acontecem porque o sistema gastrointestinal ainda está em formação no período, causando doloridos movimentos nos órgãos dos bebês.

Não existe cura para o mal, mas, se a situação for extrema o pediatra pode prescrever analgésicos para a dor. Quando a crise começar, é indicado que os papais façam massagens circulares sobre a barriga do bebê, coloquem uma bolsa térmica em temperatura morna e estendam as perninhas do pequeno. O contato pele com pele ajuda a acalmar e reconfortar o bebê.

5. Diarreia

Se você perceber que a as fezes do seu filho estão mais moles e fedidas que o normal, ele também pode estar sofrendo com dor de barriga, desidratação, febre e vômito. Causadas por vírus ou por bactérias (no caso de uma intoxicação alimentar), a diarreia faz com que a criança perca muito líquido; logo, é necessário fazer a reposição o dia todo, seja com água, suco natural, chás ou soro de farmácia.

Na hora de comer, tente oferecer opções saudáveis, mas que “prendem” o intestino do seu filho, sem forçá-lo a ingerir. Se necessário, o médico pode receitar medicamentos para a dor, para a febre e para o enjoo.

6. Gripe e resfriado

As crianças podem ficar gripadas ou resfriadas até uma vez por mês graças ao contato com os vírus. Embora os sintomas sejam parecidos, na gripe eles são mais intensos, como a tosse, a dor de garganta, a secreção nasal e a febre.

Se o caso for de resfriado, o organismo do seu filho enfrentará sozinho a doença – desde que ele esteja bem hidratado, alimentado e descansado –, e em poucos dias eles já estará como novo. A gripe pode exigir medicamentos adequados, então, não deixe de procurar um médico para saber exatamente o que o seu filho vai precisar.

7. Otite

Causada por vírus ou bactérias, as otites acontecem com frequência quando a criança está com a imunidade baixa, após enfrentar um resfriado, por exemplo, ou durante o verão, devido ao contato com a praia e a piscina.

Perda de apetite, más noites de sono e cheiro ruim no ouvido podem indicar a presença de pus na região, que será tratada com antibióticos, em casos de bebês, ou com medicamentos que aliviam a dor e controlam a febre, se houver. Bolsa de água quente também funciona como tratamento caseiro para dor de ouvido. O perigo dessa doença é o risco de surdez, que só acontece em quadros muito evoluídos.

8. Refluxo

O refluxo está associado a imaturidade ou má formação do sistema digestivo nos bebês de até um ano de idade ou mais. Ele acontece quando o alimento, principalmente líquido, chega ao estômago e volta para o esôfago. Dor, irritabilidade, vômitos, falta de apetite e baixo peso ou obesidade podem ser sintomas de casos mais graves que precisam de acompanhamento médico, mas, na maioria das vezes, é só deixar o bebê em posição vertical por mais tempo, ao amamentar e arrotar, e fracionar as mamadas. Conforme os alimentos sólidos vão sendo introduzidos, o refluxo vai embora.

9. Transtorno de déficit de atenção/Hiperatividade

Alterações de comportamento podem ser os primeiros sintomas de uma criança com transtornos psicológicos. Chamado de TDAH, a doença se manifesta pela falta de concentração e de organização, inquietações em todos os ambientes e impulsividade. Pais que perceberem esse tipo de mudança devem buscar ajuda psicológica e psiquiátrica para os pequenos, pois é muito provável que eles precisem ser controlados com medicamentos e com técnicas específicas.

Além disso, os responsáveis, professores a amigos precisarão aprender a lidar com o comportamento da criança, que é despropositado. Seu filho pode sofrer com dificuldade de aprendizado, então é fundamental elaborar um método de estudo eficiente que se encaixe na rotina do pequeno.

Uma forma de manter os pequenos protegidos contras as doenças é ficar atento ao calendário de vacinação e acompanhar as campanhas anuais.