Peso ideal para o bebê: de zero a dois anos
Quando se trata do peso do bebê, quilinhos a mais ou a menos nunca são um bom sinal.
É por isso que todo pediatra insiste tanto nessa história de que toda mamãe precisa ficar atenta à dieta dos pequenos e, ao mesmo tempo, de olho na balança.
Ao contrário dos adultos, o peso ideal do bebê leva em consideração a sua evolução com o passar dos meses e está diretamente relacionado à sua altura e sexo.
Com essas informações, o pediatra pode traçar uma curva de crescimento do seu filho, que será comparada à tabela internacional indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os resultados da criança devem seguir mais ou menos o padrão da tabela, sem prejuízo se a linha estiver um pouco mais para cima ou para baixo.
Mesmo se o formato da linha estiver muito diferente do esperado, com queda brusca de peso ou estacionada por muito tempo, pode não ser motivo de preocupação.
O médico precisa fazer uma avaliação sobre o histórico do bebê, pois, muitas vezes, esses fatores estão relacionados a doenças que atingiram o bebê e já foram curadas, a introdução aos sólidos e assim por diante.
Se for necessário, outros exames ajudarão a identificar algum problema.
Agora que você já sabe como o peso dos bebês é avaliado pelos especialistas, está na hora de aprender os riscos de peso baixo ou em excesso para o seu filho, e descobrir, em média, quantos quilos o seu pequeno deve apresentar nos primeiros anos de vida para garantir a saúde. Acompanhe!
O baixo peso em bebês
Os bebês já podem nascer com peso abaixo do normal. Nesses casos, o pequeno pesa menos de 2,5 quilos ao sair do útero da mamãe devido à insuficiência placentária ou ao parto prematuro.
Especialistas podem identificar bebês de baixo peso ainda no ultrassom e recomendar à gestante repouso e uma dieta balanceada para o pequeno se recuperar.
No caso dos recém-nascidos, eles podem apresentar dificuldade para mamar e poderão ter a alimentação complementada com fórmulas ou aparelhos específicos. Eles só são liberados para casa ao atingirem o peso mínimo recomendado.
Já os pequenos maiores de seis meses, que já estão na fase de introdução alimentar, podem ficar com o peso abaixo do esperado devido a essa mudança.
A dificuldade de se adaptar à nova alimentação, o desgosto por determinados alimentos nutritivos e a preferência pelo leite podem dificultar o ganho de peso nessa etapa.
Além disso, se o pequeno está muito distraído com brincadeiras, TV ou tablet na hora das refeições, ele tenderá a comer menos.
Casos de desnutrição costumam ser mais graves.
Eles podem ser primários, quando estão associadas a má alimentação, ou secundários, relacionados a alguma doença aguda ou crônica, como diarreia, verminoses, câncer, alergia, intolerância alimentar ou absorção de nutrientes deficiente.
Com o diagnóstico médico, será possível tratar o problema da melhor forma. Um nutricionista pode auxiliar a inserir nutrientes essenciais na dieta de uma forma gostosa para o pequeno, o pediatra pode receitar suplementos alimentares, em caso de doença, indicar remédios e tratamentos que acabam com os sintomas e com a doença.
Os perigos para os bebês gordinhos
O sobrepeso e a obesidade infantil têm aumentado e ambas são causadas por péssimos hábitos de alimentação.
Além do fator genético, há outros fatores importantes desde a gravidez para que a criança engorde demais: se a mamãe ganhou muito peso– que favorece o desenvolvimento do tecido adiposo do bebê no primeiro ano de vida –, se a mamãe apresentou baixo peso, fazendo com que o bebê tente “compensar” o deficit, e mamães com diabetes alterado, pois os bebês nascem com peso exagerado.
Após o nascimento, é o exemplo dos pais essencial para que as crianças não desenvolvam o problema. Com dieta equilibrada e prática de exercícios para evitar o sedentarismo, você já está ajudando o seu filho a manter o peso saudável.
A amamentação materna exclusiva (ou fórmula indicada pelo pediatra) é muito importante, pois vai oferecer todos os nutrientes para o pequeno na medida certa.
Também é fundamental respeitar a “fome” do seu filho quando ele começar a ingerir sólidos, deixando com que ele demonstre quando está satisfeito em vez de insistir em oferecer “só mais uma colherada”.
Além disso, não vicie o paladar do seu filho com o excesso de açúcar e produtos industrializados, dando preferência aos naturais, pois, até os dois anos, eles ainda estão descobrindo do que gostam ou não de comer.
O excesso de peso gera níveis de colesterol “ruim”, triglicérides e pressão elevados, enquanto que o bom colesterol, que protege o coração, é reduzido.
Na vida adulta, o seu filho poderá ter mais chances de continuar ou desenvolver problemas cardiovasculares e poderá sofrer infartos ainda jovem.
Tente manter o peso ideal
Os bebês recém-nascidos saudáveis se desenvolvem muito rápido: no primeiro trimestre, eles ganharão pouco menos de um quilo por mês!
Entre os três e os seis meses, a média mensal passa para, mais ou menos, 700 gramas, fazendo com que, no sexto mês de vida, seu filho tenha mais ou menos 7 quilos!
Após o período de introdução alimentar começar e, principalmente, após o pequeno completar um ano, seu filho já não ganhará peso na mesma velocidade, embora suas necessidades nutricionais aumentem. O esperado é que o pequeno dobre o peso do seu nascimento até o final do seu primeiro ano de vida, ganhando até seis quilos antes do segundo aniversário.
Aos 2 anos, eles devem ter entre 12 e 13 quilos, e, no fim dessa idade, o pequeno perde a aparência rechonchuda e começa a ficar mais longilíneo. Muito cuidado nesta fase para o pequeno não engordar demais, pois é quando os alimentos mais calóricos são oferecidos, como chocolates, biscoitos recheados e refrigerantes.
Fonte de dicas: Alô Bebê