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Parto normal ou cesárea? Dicas para você escolher o melhor

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Uma das escolhas mais importante da mamãe enquanto está esperando é sobre a hora do parto. Muitas já começam a pensar sobre o melhor método para o nascimento, se será dolorido demais, se é seguro para o bebê e muitas outras dúvidas que surgem desde quando elas descobrem a gravidez.

Atualmente as futuras mamães têm a opção de escolher entre o parto normal ou a cesárea, que são os dois tipos de procedimentos mais comuns. De acordo com o Ministério da Saúde, 52% das gestantes optam pela cesariana no Brasil, sendo que 82% são realizadas na rede privada e 37% na rede pública. O Brasil é o país em que se realiza o maior número de cesáreas no mundo, muito acima dos 15% indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Alguns casos, no entanto, ocorrem por ordem médica, devido a complicações que poderiam afetar a saúde do bebê e da mamãe, mas outros são apenas por conveniência para a família e para a equipe médica.

O primeiro passo para escolher o melhor parto começa no pré-natal. É durante esse período que a gestante fica sabendo sobre a sua saúde e a da criança e se é possível realizar o parto que está imaginando. Conversar com o médico para saber a posição dele também é muito importante na hora da decisão: muitos obstetras preferem a cesariana pelo conforto e pela hora marcada, desconsiderando o parto normal em muitas situações. Caso seu médico tenha posições divergentes da sua, busque a opinião de outro especialista e troque de obstetra.

A melhor opção para o nascimento é aquela em que mamãe e bebê se sentem bem! Veja as principais diferenças entre os dois partos e confira algumas dicas para você escolher o melhor:

Parto cesárea ou cesariana

É realizado em um hospital ou maternidade e é feito com anestesia, que pode ser raqui ou peridual. A anestesia geral só ocorre em casos excepcionais. Durante a realização desse parto é necessário uma equipe multidisciplinar de médico, com cirurgião obstetra, auxiliar do cirurgião, anestesista, neonatologista, enfermeiras e auxiliares. Além disso, é preciso que o local tenha estrutura e equipamentos para suporte à vida em situações críticas, como respirador, medicamentos, UTI neonatal e adulto e banco de sangue.

Quando é necessário

O parto cesárea é necessário somente em casos que expõem a saúde da mulher ou do bebê. Veja quais são os riscos:

- Quando a mamãe apresenta placenta prévia: a placenta cobre o colo do útero impedindo a saída do bebê. O diagnóstico só é possível a partir da 30ª semana;

- Quando há deslocamento prematuro da placenta;

- Se a mamãe for portadora do vírus HIV, a cesariana só é recomendada se a carga viral for alta ou desconhecida. Se a carga viral for indetectável, o parto normal é uma opção viável;

- Se a mamãe possui herpes genital com uma lesão ativa até 1 mês antes do parto. A herpes genital tem cura e é possível tratar as lesões com medicamentos;

- Se o bebê está atravessado. Nesse caso, antes do parto, o médico pode tentar ajudá-lo a ficar na posição correta para sair via parto normal;

- Quando o cordão umbilical penetra no canal do parto antes da cabeça do bebê. No entanto, esse caso só é perceptível após o trabalho de parto ter começado;

- Em caso de o bebê apresentar redução drástica no fluxo de oxigênio ou nos batimentos cardíacos. Porém, isso acontece somente em 1% dos casos;

- Quando a abertura do colo da mamãe é pequena para a passagem, o que acontece em apenas 5% dos nascimentos;

- Em casos raros de doenças cardíacas.

Quando não é necessário

A cesariana está rodeada de mitos, mas, na maioria das vezes, o procedimento não é necessário. Confira a verdade:

- Quando o cordão umbilical acaba enroscando no pescoço do bebê, desde que o pequeno esteja bem;

- A falta de dilatação, que pode ocorrer por um distúrbio raro no colo do útero apresentado por menos de 1% das mamães. Na maioria das vezes, a falta de dilatação só demonstra que a hora do bebê vir ao mundo ainda não chegou;

- Se 40 semanas de gestação já se passaram. É possível esperar até 42 semanas, monitorando o bebê;

- Se a mulher tem mais de 35 anos;

- Se a mulher realizou uma cesárea anteriormente;

- Se o trabalho de parto está demorado. Nesse caso, a mulher pode passar vários dias sentindo algumas contrações sem necessariamente ter entrado em trabalho de parto, que só é considerado pelos médicos quando há mais de 3 cm de dilatação e contrações regulares.

- Bacia estreita. Os casos de bacia estreia são raríssimos e, no geral, a mulher descobre a alteração durante o pré-natal;

- Bebê grande demais. O bebê precisa ter mais de 4,5 quilos para ser considerado grande demais;

- Se a mulher possui verrugas genitais, miomas ou HPV, ao não ser eles que obstruam a passagem da criança.

Parto normal ou vaginal

O parto normal é uma das formas mais naturais ao qual o bebê pode nascer, e devido à falta de incentivo para que isso aconteça, o Ministério da Saúde lançou um documento que visa derrubar o mito de que a cesariana é mais segura e que o parto normal é sinônimo de muito sofrimento e dor.

O parto normal envolve contrações sentidas na hora certa e, a partir de então, o especialista avalia a dilatação do colo do útero, que deve chegar a 10 cm ou mais. Se o espaço for insuficiente para o bebê passar, é realizado um corte cirúrgico na região perineal. A ideia de que a mulher precisa sofrer todas as dores é mito, pois se ela estiver sentindo muitas dores, é possível a aplicação de anestesia para diminuir o desconforto.

O parto normal ou vaginal possui inúmeras vantagens em comparação com a cesariana. Como o corpo da mulher foi biologicamente preparado para ele, a recuperação é muito mais rápida, há menos chances de hematomas ou infecções, o risco de complicações para a mamãe é menor e as chances de dor pélvica crônica diminuem.

Além de conceber uma criança de forma natural, estreitando os vínculos entre mães e filhos, no parto normal:

- As chances de infecções diminuem, pois a perda de sangue é muito menor do que durante uma cesariana;

- O bebê só nasce na hora certa e no momento em se sente pronto para conhecer o mundo;

- A descida do leite é acelerada. Isso acontece porque organismo passa a liberar os hormônios ocitocina e prolactina, que facilitam o aleitamento;

- É mais seguro do que a cesárea. Segundo pesquisas, cerca de 12% dos bebês que nascem de cesariana vão para a UTI, em relação a apenas 3% dos que nascem de parto normal.