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O que são os alimentos transgênicos?

 

Teoricamente, alimentos transgênicos são produtos criados em laboratórios com a utilização de genes de espécies diferentes de animais, vegetais ou micróbios. Sendo assim, o homem pode, por exemplo, introduzir seu gene em um porco, ou um gene de rato, de bactéria, de vírus ou de peixe em espécies de arroz, soja ou trigo. Um tanto "assustador", mas, por hora, vamos nos ater à mesa da família.

A olho nu, não percebemos a diferença entre um alimento transgênico e um natural. Quando ingeridos, a situação pode ser outra. Acontece que alimentos transgênico podem possuir substâncias que venham acarretar problemas a nossa saúde. Os próprios cientistas e médicos ainda têm muitas dúvidas quanto aos riscos desses alimentos.

Com relação à segurança dos transgênicos, a regulamentação já está bem estabelecida em âmbito internacional, entretanto os aspectos de informação e percepção pública do consumidor estão sob intenso debate.

Na Europa, Japão e Austrália, e em muitos outros países, a maioria dos consumidores têm lutado para exigir a rotulagem dos alimentos transgênicos, que é a única forma de o consumidor escolher se quer ou não comer esses produtos. Nesses países, fabricantes e supermercados já estão "dando ouvidos" à opinião pública, e já anunciaram que não irão fabricar ou vender alimentos transgênicos.

No Brasil, o governo irá criar uma norma para definir como será a rotulagem dos transgênicos. Mas nem isso dá a garantia de uma informação plena, de uma identificação fácil e completa e, consequentemente, a livre escolha - como exige o Código de Defesa do Consumidor.

Infelizmente, já existe a possibilidade de estarmos consumindo estes alimentos transgênicos sem saber. É que o Brasil importa diversos produtos alimentícios (à base de soja, milho, tomate, batata, canola e outros) dos EUA e da Argentina, países em que a engenharia genética já é utilizada em grande escala, sem a devida rotulagem.

No entanto, a engenharia genética representa um avanço tecnológico e pode trazer benefícios para a população. O seu uso na produção de medicamentos é precedido de rigorosos testes, que garantem a segurança do produto. Nos alimentos isso não vem acontecendo, porque não há normas apropriadas para avaliar os seus impactos à saúde do consumidor e ao meio ambiente. Em contrapartida, os defensores dos alimentos engenheirados estão baseando seus argumentos em um documento elaborado pela Organização Mundial de Saúde, que alega a inocuidade de tais alimentos. No Brasil, a orientação sobre a rotulagem está sendo conduzida pela CTN-Bio, quando a sua competência legal não é de decidir se rotula-se ou não, e sim dar um parecer conclusivo sobre a segurança desse tipo de alimento.

Procure saber mais sobre alimentos transgênicos junto aos serviços de atendimento ao consumidor dos grandes fabricantes e cadeias de supermercados, além dos órgãos federais, como:

Ministério da Saúde: portal.saude.gov.br/portal/saude/

Ministério da Ciência e Tecnologia: www.mct.gov.br