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O que fazer quando a criança não quer comer

 

Na hora das refeições em muita casas há uma batalha, de um lado a criança não quer comer e do outro os pais insistindo com todas as suas forças ou até mesmo obrigando, o que não é uma atitude correta. Claro que a preocupação é compreensível, afinal uma boa alimentação resulta numa criança saudável, mas não é por pular uma refeição ou outra que os filhos ficarão desnutridos ou terão o desenvolvimento comprometido. A nutricionista Melissa Saikawa Bonesi Imamura destaca que há duas classificações para a falta de apetite infantil: a orgânica e a comportamental.

A falta de apetite orgânica ocorre porque a criança tem alguma doença infecciosa ou está com carência de nutrientes, como vitaminas e minerais. Num e noutro caso, os sintomas dessa criança normalmente são apatia, palidez, fraqueza, sonolência, pele seca, cabelos finos e quebradiços, rachaduras nos cantos da boca e sangramento nas gengivas. A solução é levá-la ao pediatra e a um nutricionista para que, com o acompanhamento profissional conjunto, o problema seja solucionado.

A falta de apetite comportamental, esclarece a especialista, tem origem na dinâmica familiar e pode originar um ciclo vicioso, difícil de ser corrigido: a criança não quer comer simplesmente porque quer chamar a atenção e acaba ganhando algum alimento de fácil aceitação, como uma bolacha recheada, mesmo estando no horário de uma refeição principal, como o almoço ou o jantar. Ao perceber que essa tática dá certo, a criança repete a atitude constantemente.

Pai e mãe devem ter em mente o seguinte: quando a fome apertar, a criança vai comer. Mas, nada de alarmes, não é preciso deixá-la com fome. Há caminhos bem mais suaves para persuadi-la a alimentar-se. O primeiro passo é verificar se realmente não há nenhum problema de saúde, ou seja, se a falta de apetite não é de origem orgânica, incluindo o início da dentição, o que também resulta no desinteresse pelos alimentos. Não havendo nenhum problema do gênero, papai e mamãe devem adotar alguns procedimentos quando a criança não quer comer.

  • Nunca ofereça muita comida à criança, ela tem o estômago pequeno;

  • Varie os alimentos. A mesma comida, todos os dias, não desperta o interesse. Incremente o prato com algum alimento de cor diferente daquele que você ofereceu anteriormente, por exemplo;

  • Evite que a criança fique "beliscando" entre uma refeição e outra;

  • Mantenha verduras e legumes em todas as refeições. Mesmo que a criança não aceite, não a obrigue a comer, assim ela ficará com raiva do ingrediente. Deixe lá, a constante presença desses alimentos despertará a curiosidade da criança;

  • Em contrapartida, não ofereça sopas batidas no liquidificador para que a criança ingira verduras e legumes. Essa tática dificulta o estímulo do paladar, por não permitir que a criança reconheça os diferentes sabores;

  • Respeite os gostos de seu filho, às vezes a criança não quer comer porque não gosta realmente de determinada comida e, mesmo nos primeiros anos de vida, a criança já tem preferências e aversões alimentares. Às vezes, por não gostar de um ou de outro ingrediente, ela rejeita toda a refeição;

  • O ambiente onde as refeições são realizadas deve ser tranquilo. Desligue a TV, abaixe o volume do rádio e evite discussões;

  • A criança com mais de um ano e que ainda toma muitas mamadeiras ao dia pode ter dificuldades em aceitar os alimentos sólidos, neste caso é melhor diminuir as mamadas;

  • A criança não gostou da comida. Por zelo, muitas mães preparam a refeição dos filhos separadamente, usando poucos temperos. O problema é que às vezes a comida fica sem gosto algum. Experimente os alimentos antes de oferecê-lo aos menores;

  • Não dê sucos e refrigerantes durante a refeição, porque a capacidade gástrica da criança ainda é limitada. Se ela tomar um desses líquidos pode não ter espaço para a comida;

  • Não force seu filho a comer. Se ele ficar com fome, vai alimentar-se na próxima refeição;

  • Não ofereça comida fora de hora. A criança que passa o dia inteiro comendo dispensa as refeições principais pelo simples fato de não estar com fome;

  • Deixe a criança comer com as mãos. Ela se diverte manipulando a comida e vê nesse momento uma ocasião prazerosa, agradável;

  • Nunca prometa uma recompensa, como por exemplo, "coma o arroz que eu lhe dou um sorvete". Assim você fará com que seu filho tenha desprezo pela comida;

  • Não faça a brincadeira do aviãozinho. A hora é de comer, não de mimar a criança;

  • Não adianta pedir para seu filho comer cenoura se você está comendo um sanduíche, ele naturalmente irá querer comer o lanche, pois se você despreza a cenoura, é porque o outro alimento deve ser mais gostoso; 

  • Por fim, seja firme com a criança, sem ser rígida, afinal o momento de se alimentar deve ser prazeroso e não angustiante.

Não esqueça que uma alimentação excessiva pode resultar num adolescente obeso, que futuramente irá procurar um endocrinologista para emagrecer. Considere também que a necessidade energética da criança vai diminuindo com o passar dos anos. Uma criança com três anos de idade, por exemplo, precisa de mais calorias do que uma com sete, o que torna normal a redução do apetite.

Há mães que, de tão preocupadas porque a criança não quer comer oferecem suplementos nutricionais sem orientação. Sem querer elas podem estar contribuindo para a formação de um adulto obeso, pois a energia extra que a criança recebe passa a se acumular em seu tecido gorduroso.

O detalhe importante é que o número de células gordurosas de uma pessoa é definido até os dois anos de idade e, existindo um número muito grande de células adiposas no organismo adulto, essa pessoa terá mais dificuldade em controlar seu peso, ao contrário daquela que, na infância, recebeu uma dieta balanceada e produziu um número normal de células gordurosas.

As mamães e o papais podem deixar a hora da refeição mais atraente para as crianças com pratos, copos, talheres que são desenvolvidos exclusivamente para elas, como o kit de pratinho e talheres da Fisher Price, ideal para tornar a refeição do seu filho mais divertida e de outras marcas que desenvolvem os produtos com materiais de qualidade como Kuka, Nuk, Avent e The First Years.

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