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Introdução alimentar: o que seu bebê deve comer pela primeira vez

desenho criança comendo

Aos seis meses de vida, o sistema digestivo do seu filho já está mais maduro e o organismo mais forte para enfrentar eventuais infecções ou alergias. É por isso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses deidade; após essa fase, novos sabores e texturas devem ser experimentados pelos pequenos, sem deixar o leite da mãe de lado. O papel dos papais é importante para que o bebê tenha uma dieta saudável que será levada por toda a vida.

A maioria dos pediatras costuma sugerir que as frutas, em forma de sucos ou papinhas, sejam os primeiros alimentos a serem introduzidos na dieta do bebê, mas eles precisam experimentar diversas novidades, de preferência uma de cada vez com intervalos de dois ou três dias para receber outras opções.

Começar pelas frutas e depois oferecer legumes e verduras, que são mais fáceis de serem ingeridos do que as carnes, é uma boa estratégia para que a transição não seja brusca. Após a introdução inicial com as frutas, os papais podem tentar oferecer uma sopa salgada, feita com legumes, verduras, tubérculos e pouco sal, para a hora do almoço. A sopinha também pode ser introduzida no jantar, mas somente quando o bebê já tiver comendo bem a do almoço.

Cada alimento tem que ser apresentados ao pequeno gradativamente, pois assim ele começa a se acostumar com a consistência, com o gosto e também com a nova forma de se alimentar. A introdução gradual de diferentes alimentos também possibilita aos papais identificarem sinais de reações alérgicas, que podem apresentar sintomas como diarreia, dores de barriga ou manifestações cutâneas. A soja, o leite de vaca e frutos do mar, por exemplo, são os principais alimentos que causam alergias.

Caso o pequeno demonstre não ter gostado da experiência ou de algum alimento em especial, não force! Você pode tentar oferecer o mesmo alimento alguns dias depois de outra forma, até a criança ir se acostumando com esse novo sabor. Pode demorar até dez tentativas para que ele aceite o novo alimento, por isso, não desista na primeira tentativa.

Entretanto, alguns tipos de alimentos devem ser evitados nos primeiros anos de vida do pequeno. O mel, por exemplo, não pode ser oferecido para crianças de até 1 ano de idade devido a um pequeno risco de botulismo infantil. Enlatados em geral podem estar contaminados, e por isso devem possuir selo de fiscalização do Ministério da Agricultura. Produtos industrializados e excesso de sal e açúcar também dessem ser mantidos longe dos pequenos, pois podem causar problemas crônicos de saúde e o aumento de peso.

Durante essa fase de descobertas alimentares, é comum que os pediatras receitem o uso de vitaminas e de ferro para as crianças. Nas regiões Sul e Sudeste, os médicos também recomendam as vitaminas A e D, que vêm dos raios solares, principalmente se a exposição ao sol da criança for insuficiente.

Por onde começar?

Na parte da manhã, depois da primeira mamada do dia, ofereça uma dose bem pequena de suco ou chá (por volta de 30 ml) utilizando uma colher de plástico ou silicone, pois alguns bebês que mamam no peito podem rejeitar a mamadeira logo no início, sentindo-se mais confortáveis com a colher. Caso seu filho já tome mamadeira, você pode oferecer uma versão menor para o suco ou chá, que devem estar coados. Mesmo que você não goste do sabor in natura, é importante que nenhum tipo de açúcar seja acrescentado na bebida, então evite os sabores ácidos e amargos e opte pelos doces, como a laranja lima, o mamão e a camomila. Você também pode juntar mais de um sabor no mesmo suco, fazendo com que a criança sinta a mistura dos ingredientes.

Já na parte da tarde, ofereça uma fruta bem macia, como a banana ou a pera, raspada ou amassada, em uma colher pequena. Vá aumentando a quantidade conforme o seu filho demonstre mais interesse pela comida. Depois de uma semana, já é possível oferecer a papinha ou sopinha salgada na hora do almoço, seguindo com a bebida e as frutas na hora do lanche. Quando o pequeno estiver habituado a essa rotina, é o momento de oferecer a papinha salgada na hora do jantar e, por último, introduzir as frutinhas como sobremesa depois das duas refeições parrudas.

Na dieta do pequeno não podem faltar, todos os dias: uma fonte de carboidratos, uma fonte de proteína e duas fontes de legumes e/ou verduras. Os temperos vão dar um gostinho a mais na comida, mas não podem vir em excesso. Prefira os que não possuem corantes, como alho, cebola, azeite, cebolinha, salsinha, salsão, manjericão e orégano, e nem pense em acrescentar sal!

É importante que os alimentos tenham uma consistência sólida, mas que possam ser engolidos pelo pequeno com facilidade, para que ele exercite a mastigação. Assim, alguns pedacinhos de comida estão permitidos, segundo os pediatras, pois as mamães devem oferecer alimentos amassados e não batidos no liquidificador. Dessa maneira o bebê também consegue sentir melhor a textura dos alimentos e as sensações que eles provocam na boca. Quando os dentinhos começarem a nascer, é possível aliviar o incômodo nas gengivas com alimentos um pouco mais duros, como um bico de pão italiano ou um palito de cenoura.