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Entenda o que são as rachaduras e as fissuras nos seios

A amamentação é um importante período na vida de uma mulher, pois estabelece laços fortíssimos entre ela e seu bebê. No entanto, a amamentação pode trazer certos desconfortos para a mamãe como rachaduras e fissuras nos seios.

Porém não pense que isso ocorre em casos isolados. “A lesão mamilar é uma intercorrência mamária que varia de 11 a 96% nas mulheres que amamentam durante a primeira semana após o parto. Observa-se ainda que 80 a 95% destas mulheres apresentam algum grau de dor mamilar e 26% apresentam dor extrema” afirma o Dr. Fabio Muniz, Obstetra e Ginecologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão.

Um dos principais fatores que contribuem para as fissuras e rachaduras nos seios é a pega errada do bebê, mas há também outras causas que provocam para as dores mamilares.

De acordo com o obstetra, a falta de orientação sobre o aleitamento materno durante o pré-natal e o pós-parto e a utilização de cremes, durante a gestação, na região areolar são possíveis causas das lesões. Além disso, a ausência do pai durante a fase da amamentação torna as mulheres mais inseguras, contribuindo também para as lesões mamilares.

Como prevenir e tratar as fissuras e rachaduras nos seios

Uma de muitas mamães de primeira viagem que sofreu com as rachaduras e fissuras pós-parto foi a funcionária pública e mãe de Julia, Caroline Sá. “Eu comecei a sentir as dores nos seios duas semanas depois que a Julia nasceu. Como acho a amamentação muito importante, optei por continuar a dar os seios para ela mesmo com dores”.

Como as lesões mamilares estavam causando muita dor, Caroline decidiu procurar seu médico que lhe receitou uma pomada de lanolina para passar na região areolar. “Descobri também através do meu médico que a Julia estava pegando o seio de forma errada e ele me ensinou como era a pega correta. Além disso, juntamente com a pomada eu passei a usar as conchas mamilares, que descobri sozinha. Demorou cerca de 15 dias para as fissuras sararem e, hoje, não sinto mais dores e a minha filha pode mamar tranquilamente”.

A amamentação, além de ser um vínculo entre e mãe e filho, também é super importante para a saúde do bebê, pois o mantém saudável. Por isso, é importante salientar que há diversas formas de prevenção e tratamento das fissuras mamilares.

“O princípio básico da prevenção é garantir a flexibilidade areolar. Verifica-se esta flexibilidade, apreendendo-se toda a aréola com as pontas dedos e fazendo movimentos de flexão de toda a região, antes de amamentar o bebê. Oferecer o peito nos horários habituais somente após certificar-se da flexibilidade da região areolar”, afirma o Dr. Muniz.

Ainda segundo Muniz, a mama que estiver fissurada deve ter um tempo máximo de sucção de 15 minutos, com o intuito de não permitir que o recém-nascido adormeça no peito ou desenvolva a sucção ineficiente, retardando a cicatrização da fissura. "É indicada a suspensão temporária (24 a 48 horas) da amamentação na mama com mamilo fissurado, caso a mãe tenha muita dor. Neste caso, fazer extração manual do leite e expor a mama ao sol pela manhã ou à tarde, por cerca de 10 minutos”, diz o obstetra.
A concha mamilar é também uma opção de tratamento, afirma Fabio, por manter o mamilo aerado e sem a compressão do sutiã ou de protetores comuns, favorecendo a integridade da pele.

Hoje mãe e filha podem desfrutar dos ótimos momentos que a amamentação traz, sem dores e sem desconfortos.

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