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Conheça os alimentos transgênicos

Soja e milho são alimentos que frequentam as nossas mesas com regularidade. Representam 82% dos transgênicos plantados em todo o mundo e estão presentes em 60% dos produtos industrializados. Você já parou para se perguntar o que isso pode significar para a saúde da sua família e do meio ambiente?

Com o objetivo de esclarecer e orientar a população, o Greenpeace divulga em seu site um guia do consumidor com a lista de produtos transgênicos comercializados no Brasil. 

Desenvolvidos em laboratório, através de técnicas de engenharia genética, os alimentos transgênicos têm sua estrutura modificada com o objetivo de oferecer características específicas. É como se fosse feita uma colagem de genes de um organismo para outro. As combinações são inúmeras e podem misturar genes de animais, plantas e bactérias. Os testes para garantir a segurança dos alimentos transgênicos ainda são insuficientes, admitem os próprios cientistas.

"Questionamos os transgênicos porque eles podem trazer danos irreversíveis para a saúde das pessoas e para o meio ambiente", afirma a coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace em São Paulo, Mariana Paoli. Segundo ela, a proposta da entidade com o lançamento e divulgação do guia é levar informação ao consumidor, para que ele exija dos fabricantes de alimentos comprometimento com o controle da matéria-prima que usa em seus produtos.

A partir de 2008, o Ministério da Saúde e Justiça brasileira determinaram que todas as empresas que produzem e comercializam alimentos transgênicos devem colocar um “T” nos rótulos, para que o consumido saiba a origem do alimento, no caso, um transgênico. No entanto, parlamentares da banca ruralista querem acabar com esta rotulagem, que, para eles, é prejudicial.

Para saber quais alimentos são transgênicos, os brasileiro também podem utilizar o guia do consumidor – realizado através de consulta a empresas brasileiras que utilizam milho e soja em seus produtos. Em 17 páginas, são listados alimentos de 15 categorias diferentes, além de telefones de serviços de atendimento ao consumidor das principais empresas. "O consumidor tem que exigir das indústrias a oferta de um produto seguro para a saúde e o meio ambiente", diz Mariana Paoli.

Riscos para a saúde

Muitos dos genes utilizados no cultivo de alimentos possuem resistência antibiótica e, com isso, podem multiplicar o número de problemas de saúde que envolvem bactérias imunes e dificultar o tratamento de doenças. No plantio de alimentos transgênicos também é permitido o uso de agrotóxicos em larga escala, ou seja, o alimento traz esse componente para a mesa.

Há ainda a ameaça à biodiversidade, pois o cruzamento dos transgênicos com espécies naturais leva a uma reprodução fora de controle das espécies contaminadas, com resultados imprevisíveis para o meio ambiente.

Além disso, os testes hoje aplicados são superficiais, de curta duração e realizados em pequena escala. Por isso, não é possível avaliar com segurança a que danos ambientais estaremos sujeitos com a produção dos transgênicos, artificialmente introduzidos no ambiente.

Soluções apontadas pelo Greenpeace:

Proibição de aprovações de novas culturas transgênicas, em especial aquelas que são a base da alimentação de nossa população.

Rotulagem dos produtos transgênicos, para atender plenamente a um direito do consumidor de saber o que está comprando.

Fiscalização e cuidado na cadeia para que não haja contaminação.