Como tratar dos cabelos na gravidez
A gravidez é um período de transformações, de vontades inesperadas e de sensibilidade à flor da pele. As roupas já não servem mais, é difícil encontrar posição para dormir, os pés incham e os cabelos, apesar do bom aspecto, nem sempre podem ser submetidos aos tratamentos químicos.
O dermatologista e tricologista Adriano Almeida tem uma explicação biológica para a aparência das madeixas: “Durante a gestação há um aumento no nível de hormônio feminino, o que gera uma hidratação ímpar nos fios”, explica. Mas não é só porque os hormônios estão com força total, que as gestantes podem deixar as visitas ao salão de lado.
Responsabilidade com os cuidados
Tinturas, progressivas e luzes já fazem parte da rotina da maioria das mulheres, por isso, o maior tormento durante os nove meses era deixar os cabelos naturais. “No passado as tinturas eram produzidas com metais pesados, como o chumbo, por isso os médicos a proibiam”, esclarece o dermatologista.
Hoje, a indústria cosmética evoluiu e desenvolveu produtos menos agressivos. Em seu consultório, o especialista indica que as mamães usem tinturas só depois do primeiro trimestre da gestação, verifiquem se o produto tem o selo de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e fiquem atentas aos processos alérgicos. “As consequências para o bebê vão desde reações alérgicas locais ou graves até as reações imunológicas, capazes de prejudicar a evolução do feto” expõe.
Beleza no pós-parto
Se durante a gravidez a mulher exibe orgulhosa as suas madeixas graças à ação hormonal, no pós-parto o quadro se inverte, uma vez que o organismo está se reorganizando de uma brusca queda de hormônios e do déficit de nutrientes. “Os acontecimentos endógenos deixam os fios mais frágeis, por isso, é comum a queda das madeixas entre 60 e 180 dias pós-gestação. Isso vai depender principalmente do estado nutricional do organismo”, explica Dr. Adriano.
Dieta da beleza
A boa notícia é que esse quadro pode ser revertido com alguns cuidados simples, como cortes e hidratações frequentes, e com um cardápio equilibrado. Segundo o médico, a mamãe deve consumir alimentos ricos em:
Ferro - Fígado, carnes, gema de ovo, legumes, grãos integrais ou enriquecidos, vegetais verde-escuros, camarão e ostras.
Zinco - Leite, fígado, moluscos, arenque e farelo de trigo.
Cobre - Fígado, moluscos, grãos integrais, cerejas, legumes, aves, ostras, chocolates, castanhas, cereais, frutas secas e mariscos.
Vitamina B6 - Levedo, germe de trigo, carne de porco (bem passada), cereais integrais, legumes, batatas, bananas e aveia.