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Chegou a hora da papinha

 

Até os quatro meses de idade o sistema gastrintestinal e renal dos bebês ainda não têm maturidade para processar outros alimentos além do leite materno. Nesse período, se a amamentação é regular e tranquila, não se deve oferecer nem mesmo água e chás, pois o aleitamento materno supre todas as necessidades nutricionais da criança. Mas, depois dos quatro meses de idade, o cardápio dos pequeninos começa a ser incrementado, com sucos, frutas amassadas e cereais.

A grande novidade começa mesmo a partir dos seis meses de idade, quando são introduzidos na alimentação infantil alimentos peneirados e amassados com garfo e papinhas. Observados todos os cuidados de higiene, no armazenamento e manipulação dos alimentos e utensílios, a primeira e mais importante dica para as mamães é oferecer um alimento de cada vez e acompanhar a sua aceitação pelo organismo do filhote.

O chamado desmame deve acontecer gradualmente, levando em conta a quantidade, qualidade e consistência dos alimentos. Esses novos alimentos que passam a fazer parte do cardápio devem ser sempre oferecidos utilizando-se uma colher.

Com o surgimento dos primeiros dentinhos e o desenvolvimento da mastigação, chega a hora de adicionar ao menu alimentos com mais textura, como, por exemplo, vegetais na forma de purê ou amassados, além de bolachas e pães que estimulem a dentição.

Já a partir dos nove meses de idade, os legumes, vegetais e carnes da papinha podem ser servidos ao bebê em grãos ou pequenos pedaços. Em todo esse processo, deve ser observada a relação afetiva e o vínculo da criança com a mãe ou outra pessoa que a alimenta. Uma regra básica é não forçar os pequenos a comerem o que não gostam e lembrar sempre que o exemplo dos pais é muito importante. Para tornar as refeições mais atraentes, uma boa ideia é prestar atenção no visual dos pratos oferecidos e à tranquilidade do ambiente em que se faz a refeição.

Se até os 15 meses de idade, o bebê quer brincar com a papinha, com um ano e seis meses começará a escolher os alimentos da refeição e, pouco antes dos dois anos, já terá manifestado a vontade de comer sozinho. Aos dois anos poderá demonstrar alguma distração ou falta de apetite e, aos três, terá mais segurança em suas escolhas.