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Bullying - como ajudar seu filho


 

Você pode não saber, mas seu filho pode estar sendo alvo de humilhações e ameaças na escola. Dependendo da frequência com que isso ocorre, as reações que o "bullying" provoca nas crianças podem ser extremas, se não identificadas e tratadas a tempo.

A "cultura do medo" parece que realmente se infiltrou em nossa sociedade. A todo o momento somos bombardeados com notícias sobre os mais diversos tipos de violência como roubos, sequestros, tráficos de drogas, assassinatos e outras barbáries. Somada a isso, a violência agora atinge o lugar onde menos se espera que algo de ruim possa acontecer: as escolas. Mais que o medo da violência que pode atingir seus filhos, os pais devem estar atentos ao fato de que as crianças podem estar sendo vítima de "bullying". Em português, "bullying" significa ameaça ou intimidação.

Apesar de não haver dados que apontem o número de homicídios e violência praticados nas escolas, tornou-se comum ver nos jornais notícias sobre alunos que vão armados para o colégio e que acabam por matar outros alunos e, em alguns casos, até professores. Quando pegas, essas crianças alegam ter cometido o crime por sentirem-se ameaçadas pelos colegas, ou serem vítimas de algum tipo de discriminação ou "chacota".

Muitas vezes, a vítima escolhida por um grupo acaba por se isolar. Vivendo assim, a humilhação em silêncio, e como os ataques se repetem dia a dia, as crianças acabam por se sentirem rejeitadas. Isso gera na criança que é humilhada um desinteresse pelos estudos e pela escola, podendo resultar até em depressão e em comportamentos e reações violentas.

A psicóloga infantil Luciana Gandelman diz que o acolhimento e o carinho dos pais são fundamentais para ajudar a criança ou o adolescente vítima do bullying a trabalhar melhor com os seus sentimentos e a enfrentar o problema da melhor maneira possível.

"O bullying é um comportamento que deve ser combatido desde cedo e logo que identificado, pois forma dois tipos de indivíduos em desequilíbrio. Um de extrema baixa estima, que relega as suas potencialidades em razão dos conflitos psicológicos acarretados pelo bullying. O outro é perverso, não aceita limites, não compreende a diferença e sente prazer em maltratar o seu semelhante", conclui a psicóloga.

Perfil da vítima de bullying

  • Demonstrar falta de vontade de ir a escola.

  • Revelar medo de ir para a escola.

  • Apresentar baixo rendimento escolar.

  • Pedir para trocar de escola.

  • Tornar-se uma pessoa fechada ou arredia.

  • Demonstrar angústia, ansiedade e depressão.

  • Apresentar manifestações de baixa estima.

  • Chegar muitas vezes em casa com machucados inexplicáveis.

Como ajudar uma vítima de bullying

  • Tente conversar com seu filho sobre o assunto e, caso ele confirme sua suspeita, procure o professor ou a direção da escola para ajudarem a solucionar o problema.

  • Não exija dele o que ele não se sente capaz de realizar.

  • Não o culpe pelo que está acontecendo.

  • Elogie sua atitude de relatar o que o está atormentando.

Perfil do agressor

  • Crianças mal-acostumadas e por isso esperam que todo mundo faça todas as suas vontades e atenda sempre às suas ordens.

  • Gostam de experimentar a sensação de poder.

  • Não se sentem bem com outras crianças, tendo dificuldade de relacionamento.

  • Sentem-se inseguras e inadequadas.

  • Sofrem intimidações ou são tratadas como bodes expiatórios em suas casas.

  • Já foram vítimas de algum tipo de abuso.

  • São frequentemente humilhadas pelos adultos.

  • Vivem sob constante e intensa pressão para que tenham sucesso em suas atividades.

Como ajudar

  • Procure manter a calma e controlar sua própria agressividade ao falar com seu filho.

  • Mostre que a violência deve ser sempre evitada.

  • Não o agrida, nem o intimide; isso iria tornar a situação ainda pior.

  • Dê orientações e limites firmes, capazes de ajudá-lo a controlar seu comportamento.

  • Encoraje-o a pedir desculpas ao colega que ele agrediu.