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As primeiras palavras do bebê

Cada fase da vida do bebê é um verdadeiro espetáculo para os pais. O engatinhar, os primeiros passos, e principalmente, a pronúncia das primeiras palavras. Mesmo que ditas enroladas ou pela metade, elas soam como melodia no ouvido de toda a família.

Por volta dos 12 meses de idade o bebê descobre o potencial da fala, ele percebe que os sons emitidos podem ser úteis para transmitir os seus desejos.

A responsabilidade nesse processo de desenvolvimento da linguagem é inteiramente dos pais. Por isso, embora ache bonito o filho pronunciar algumas palavras erradas, eles precisam corrigi-lo mostrando a forma correta de falar.

De acordo com Marcella Vidal, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas, até a chupeta tem uma porcentagem de participação nesse processo. “Fala e linguagem se completam, mas são funções diferentes. A chupeta não interfere no desenvolvimento da linguagem, mas pode atrapalhar na articulação das palavras (fala)”, explica.

Ainda segundo a especialista, a audição tem papel vital no desenvolvimento da linguagem e da fala. “A perda auditiva, se não for tratada desde cedo, acarreta em uma série de limitações: timidez, retraimento, problemas de aprendizado e de relacionamento”, alerta Marcella.

“Soltando a língua”

Que tal estimular a linguagem na vida dos pequenos? Há dicas simples que podem ser feitas no dia a dia pelos próprios pais:

 Converse com o bebê olhando no rostinho dele. Assim, ele poderá reparar nos movimentos feitos pela boca dos adultos;

 Nada de usar palavras no diminutivo. Ao conviver com crianças, as pessoas tendem a usar o diminutivo, no entanto, isso prejudica o desenvolvimento da linguagem;

 Conte histórias para a criança para estimular a linguagem e a imaginação;

 É importante brincar e interagir com outras crianças ou adultos. “O relacionamento social ajuda no desenvolvimento”, diz Marcella;

 Quando os pais já conseguem identificar o som que o bebê fala, devem repetir a palavra com a pronúncia certa, por exemplo: entendeu que pediu água, pergunte: “Você quer ÁGUA? Então vou pegar ÁGUA para você”. Enfatize, mas de forma suave. Uma atitude como essa ajuda na memorização do objeto e do seu respectivo nome;

 É normal a criança apontar algo que deseja, mas não deixe isso se tornar um hábito. A família precisa estimular o pequeno a se expressar oralmente. Pergunte o que ela deseja, e fale o nome do objeto;

 A partir dos três anos o vocabulário é mais amplo, se isso não aconteceu os pais precisam procurar a orientação médica de um otorrinolaringologista, pediatra ou fonoaudiólogo.