logo Alô Bebê
 

Animais de estimação em casa

 

Cachorros, gatos, passarinhos e peixinhos, entre tantos outros, são o sonho da maioria das crianças. Não há uma que ainda não tenha pedido um bicho de estimação a seus pais. Mas, quando isso ocorre, muitos se sentem confusos e inseguros sobre receber ou não um bicho de estimação dentro de casa, já que ele exige cuidados e responsabilidade.

Segundo psicólogos, o contato com bichos de estimação pode ser uma forma de desenvolver na criança elementos indispensáveis para seu amadurecimento, como o afeto, o cuidado, a tolerância e a dedicação. Além é claro, de desenvolver um grande senso de responsabilidade, que deve ser estimulado pelos pais, instruindo os filhos a exercerem os cuidados diários necessários à sobrevivência dos bichos de estimação, como, por exemplo, a alimentação regular e a higiene.

Seja qual for o bicho de estimação escolhido, o segredo da boa convivência é ensinar às crianças, com muita paciência e clareza, essas "pequenas" responsabilidades, atentando ao fato de que estas não devem ser vistas apenas como obrigações, mas, muito mais, como parte do relacionamento entre a criança e seu bicho de estimação. Essa atitude possibilita que a criança desenvolva a noção de ética e respeito por aqueles que dependem dela.

Algumas medidas, porém, são necessárias antes de adquirir um bicho de estimação. É importante que os pais procurem a orientação de um veterinário para saber qual o bicho de estimação mais adequado para a família, pois alguns têm dificuldade de adaptação e precisam de bastante espaço. Mas a maioria é muito dócil e fácil de cuidar. É importante também se informar sobre as necessidades de higiene e alimentação de cada animal, já que alguns possuem particularidades e precisam de mais cuidados que outros.

Em relação à sujeira e ao mau cheiro que podem ser deixados pelo bichinho, existem produtos no mercado que, além de educar o animal, eliminam os odores deixados em sofás, almofadas, carpetes, etc. Delimitar a área onde seu bichinho vai ficar também ajuda na higiene da casa e no controle de possíveis odores desagradáveis. Quintais e áreas de serviço são os mais recomendados, desde que haja espaço suficiente para o porte de seu animal.

Por fim, consultar o pediatra do seu filho também é uma opção interessante, já que animais em casa podem trazer algumas complicações. Saliva, pelos, patas, fezes e a urina dos bichinhos abrigam diversos micro-organismos capazes de provocar doenças. Mas estas doenças não serão um problema se você souber como evitá-las. Basta tomar cuidados como vacinação e consultas periódicas ao veterinário, mesmo com seu animal sadio. Entre os cuidados para evitar as doenças, alguns são fundamentais: não compartilhar alimentos ou cama com os animais, evitar carinhos como beijos ou lambidas muito próximas ao rosto, recolher rapidamente as fezes e urinas do bicho de estimação, procurar assistência médica imediata sempre que alguém for mordido.

Algumas crianças podem ainda desenvolver alergias ao entrar em contato com o novo bicho de estimação. Nesse caso, o profissional pode, através de exames clínicos, avaliar se o seu filho possui pré-disposição a desenvolvê-las e lhe ensinará a tratá-las, caso a opção seja mesmo pela compra do "novo amiguinho".

Cães e gatos costumam ser os bichos de estimação  favoritos da maioria das pessoas, por serem extremamente dóceis e adaptáveis. Filhotes das duas espécies a partir de 45 dias de idade devem ser alimentados exclusivamente com ração. Existem muitos tipos, sabores e marcas no mercado. Na primeira consulta, o veterinário recomendará o tipo de ração que você deverá fornecer ao filhote.

A quantidade de ração a ser dada varia com a raça e o peso do bicho de estimação. Os fabricantes de ração, na própria embalagem do produto, fazem a recomendação da quantidade ideal. Com relação ao banho, deve-se lavar os bichanos com sabão de coco e shampoo neutro não inseticida.

Existem shampoos para cada tipo de pelagem, assim como shampoos antialérgicos e para tratamento dermatológico. Raças de pelagem longa podem fazer uso de condicionadores da linha para animais, para desembaraçar a pelagem. A mãe pode transmitir vermes aos filhotes, tanto pela placenta como pelo aleitamento. Vermifugar a fêmea antes do acasalamento é uma medida preventiva para que os filhotes nasçam livres de vermes.

A vacinação é, sem dúvida, o cuidado mais importante tanto para o filhote como para o animal adulto. Os animais devem ser imunizados antes de começarem a frequentar as ruas. Existem muitas doenças virais que podem acometê-los e são causadoras de grande número de mortes, principalmente nos filhotes.

As aves são uma excelente opção para quem tem pouco espaço e busca economizar tempo com passeios e limpeza, já que esses bichos de estimação praticamente não dão trabalho nesse sentido. Para cada espécie de ave existe uma alimentação adequada. Os papagaios alimentam-se basicamente de frutas, legumes e algumas sementes; os canários alimentam-se de sementes; os sabiás, basicamente de caroços de palmeiras, frutas e formigas; pardais e pombos alimentam-se de frutas. É importante saber também que as aves são extremamente sensíveis às oscilações climáticas. A exposição ao sol, desde que feita corretamente, é muito importante.

Porém, o contato direto com mudanças climáticas predispõe o bicho de estimação a quadros de pneumonia e outras doenças do trato aéreo bastante comuns no dia a dia das clínicas de atendimento a aves. 

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, um aquário não é somente uma caixa de vidro cheia de água e peixes coloridos. Um aquário basicamente é um mini ecossistema confinado, e por isso é preciso tomar uma série de cuidados antes de instalar o seu. Procure ajuda especializada em lojas de animais, pois qualquer erro no procedimento pode comprometer o funcionamento do aquário e ser fatal a seus peixinhos. Ao chegar em casa com seus novos peixes, você não deve colocá-los diretamente no aquário. 

Primeiro, deixe o saco plástico onde estão os peixes, fechado e flutuando dentro do aquário por 20 minutos, no mínimo, para que a temperatura da água dentro do saco se equilibre e se iguale à temperatura do tanque. Assim, o peixe não sofrerá um choque térmico que poderá ser fatal. Passado o tempo necessário, abra o saco plástico, e com ele ainda flutuando, deixe entrar um pouco da água do aquário para que ela se misture com a água que veio com os peixes. Espere mais alguns minutos. Em seguida, introduza somente os peixes dentro do aquário, jogando fora a água que estava dentro do saco plástico para evitar qualquer possível contaminação. 

É normal que nos primeiros instantes o peixe fique com uma coloração apagada, com a respiração acelerada e fique parado no fundo do aquário. Não se preocupe porque esses são sinais do estresse do transporte e por estar agora em um ambiente desconhecido. Dentro de alguns minutos os seus peixes vão começar a se acostumar com o novo ambiente e voltar a se comportar normalmente, apresentando a sua coloração natural.

Ter um animalzinho em casa é uma delícia, mas não é uma missão simples. Com muito cuidado, amor e dedicação, com certeza no final, será extremamente compensador.