A relação entre pai e filho
Renê Benedetti, 30 anos, é um pai bem participativo nos cuidados de seu filho Henrique de nove meses. Nas situações "chatinhas" para o bebê, como trocar fralda, passar pomada, limpar, etc, Renê encontrou uma boa saída para entreter e fortalecer os laços com seu filho:
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Conversar bastante com a criança - "Por mais que o bebê balbucie alguns sons e palavras, eles entendem o que você diz";
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Cantar;
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Fazer cócegas;
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Brincar.
O mais importante é deixar sempre o ambiente alegre e amoroso para a criança. Mesmo que a rotina seja pesada e dificulte a permanência em casa, os pais podem ajudar e muito nos cuidados com o bebê. Não apenas no sentido de colaborar com as funções, mas também no fato de transformar a relação pai-filho a cada dia.
Hora de dormir
Para Príamo Martins Fonseca Neto, 29 anos, o contato inicial com o seu filho Yuri, de 2 anos foi bastante importante. Porém, Príamo aconselha respeitar a privacidade dos pais: "na primeira noite em casa, coloque o bebê para dormir em seu próprio quarto com as luzes apagadas, para não acostumar na cama dos pais, assim o bebê saberá que o quarto é seu espaço e ali se sentirá seguro". Ao pensar na segurança da criança, é comum que nas primeiras semanas os pais queiram que os filhos durmam junto deles. Mas com o passar do tempo torna-se um inconveniente para o casal, e tirar esse costume do bebê passa a ser mais difícil.
"Dividir atenção, hoje em dia, significa muito mais que fazer um cafuné".
"Ter cinco filhos é bem mais que uma aventura. É um presente que a gente recebe e não quer largar mais. Ainda que possamos pensar o contrário nos momentos de tensão, a verdade é que a gente não larga mesmo. Nem que eles queiram, como invariavelmente acontece depois dos 19, 20 anos...". É dessa maneira realista e carinhosa que os jornalista Nelson Tucci, 48 anos, retrata a relação pai-filho com sua prole: Thais Helena, 22, Thales, 21, Tamara, 5, e Vinícius e Gabriel, gêmeos de 2 anos.
Além de dividir a atenção com seus filhos, Nelson Tucci alerta sobre a importância da figura paterna para proteger e formar os filhos, não só no presente, mas também no futuro:
"A criança, o adolescente e os adultos necessitam da presença paterna. Ter a sombra do pai inibe a chegada de figuras exóticas, digamos assim. Refiro-me aos traficantes mesmo. É fundamental dar-se a necessária atenção e formação para a nossa cria, mas tão importante quanto isso é se fazer presente, ocupar espaços. Tenho filhos de várias idades, dos 2 aos 22, e fica a convicção de que faço o melhor: dando-lhes liberdade de escolha, mas sem passar perto das drogas". Afinal, hoje seus filhos são bebês e crianças, mas amanhã eles estarão soltos no mundo adulto. Sem dúvida eles precisam estar preparados para enfrentar qualquer tipo de perigo e situação.