logo Alô Bebê
Compartilhar com
 

Você sabe o que é a doença do crescimento?

mãe segurando bebê

Desde a descoberta da gravidez, a mamãe e toda a família tentam adivinhar as características que o bebê terá. A cor dos olhos, da pele e dos cabelos são alguns dos assuntos mais discutidos, assim como a estatura da criança. Será alto como o papai ou vai puxar a mamãe e ser baixinha? Ou vice-versa?

Muito além de ser uma expectativa inocente, a altura que a criança adquire conforme vai crescendo deve ser sempre um ponto de atenção dos pais. Crianças pequenas ou grandes demais podem ser vítimas de distúrbios de crescimento, que muitas vezes não são nem percebidos pelos pais, que consideram os filhos com uma estatura normal. Na maioria dos casos, as famílias só notam que a criança é muito maior ou muito menor do que o esperado para a sua idade quando ela começa a frequentar a escolinha. As próprias crianças podem passar a fazer comparações com os colegas e questionar os adultos sobre o assunto.

As mamães e os papais não precisam ficar preocupados se os filhos forem baixinhos e eles também são, ou se os filhos são altos como eles. No entanto, é sempre necessário realizar um acompanhamento com o pediatra e proporcionar um crescimento saudável para as crianças, pois, no caso de algum distúrbio, o tratamento é mais eficaz se descoberto desde cedo. Pensando nisso, a Alô Bebê preparou algumas dicas para ajudar a entender se há ou não problemas no crescimento do pequeno.

Como monitorar a doença do crescimento?

A primeira observação sobre o tamanho da criança será feita ao nascer. Nem sempre um recém-nascido muito pequeno será baixinho; seu tamanho está associado a fatores como nutrição da mamãe, complicações na gestação ou parto prematuro. Se o seu filho nascer prematuramente, por volta dos 2 anos de idade ele já estará acompanhando o crescimento dos bebês nascidos no tempo adequado.

Desde o primeiro ano de vida você deve levar seu filho ao pediatra para avaliar o crescimento. O médico vai pesar e medir o bebê (deitado até que ele possa se sustentar sozinho) e, em seguida, analisar a curva de crescimento. O mecanismo que avalia peso e altura conforme a idade e o sexo da criança foi elaborado de acordo com amostras populacionais, e está sujeito a uma série de considerações por parte dos profissionais. A partir dos dois anos de idade, o fator genético é o que mais vai influenciar no tamanho do seu filho, mas, mesmo assim, há uma taxa mínima esperada para aumento de estatura, entre cinco e sete centímetros para cada ano.

Quando as crianças entram na puberdade, mais ou menos ao completarem nove anos (um pouco mais tarde para o sexo masculino), os hormônios começam a agir, causando o famoso estirão. É por isso que é comum os pais ouvirem comentários de que as crianças cresceram no último mês ou na última semana, principalmente vindos de pessoas que não estão o tempo todo ao lado delas. Até se completar, o processo dura em torno de quatro anos, mas depende de fatores ambientais e também genéticos, sendo único para cada um. Com o crescimento repentino, aparecem, ainda, os pelos, e, nos meninos, a voz engrossa e os órgãos genitais se desenvolvem, enquanto que, nas meninas, surgem as mamas e a menstruação.

Mas o que pode ser?

“Meu filho é baixinho”. Essa é a segunda preocupação mais ouvida pelos pediatras. Problemas com a estatura da criança podem estar relacionados a fatores como desnutrição, sedentarismo e também carência afetiva. No entanto, eles também podem ser patológicos, provocados por distúrbios hormonais, síndromes genéticas ou doenças crônicas.

Crianças de baixa estatura, sejam magrinhas ou gordinhas, podem estar se alimentando de forma inadequada, com muitos carboidratos e gorduras e poucas proteínas, e tendem a ter menos disposição para correr, pular e até mesmo praticar esportes, um estímulo ao crescimento, desde que as atividades não sejam intensas demais. Crianças que sofrem com a falta de carinho no lar, problemas familiares ou abandono também tendem a crescer menos, pois o fator emocional também é um estímulo positivo para o desenvolvimento.

O atraso ou aceleração do crescimento pode estar relacionado a deficiências hormonais, como o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo. O hormônio regula a maturação do corpo humano, e seu excesso ou carência interferem na altura. Crianças com alterações no GH, o “hormônio do crescimento”, também apresentam crescimento incomum.

Problemas na absorção de nutrientes, como anemia e distúrbios de absorção intestinal são causas que prejudicam o crescimento do seu filho. Verminoses e diarreia, se não tratadas corretamente desde o seu surgimento, também podem ser danosas. Doenças prolongadas que afetam o aparelho respiratório, o coração ou outros órgãos do corpo impactam no desenvolvimento, pois podem impedir determinado órgão de realizar o aproveitamento dos nutrientes.

Algumas síndromes genéticas podem ser responsáveis pelo tamanho retraído ou exagerado do seu filho. Síndrome de Klinefelter, síndrome de Marfan e síndrome de Turner são raras, mas podem afetar tanto meninos quanto meninas, fazendo com que seu desenvolvimento seja diferente do esperado, além de outras características que, dependendo do caso, pouco altera a saúde e a qualidade de vida que terão.

Apenas o médico, munido de exames e equipamentos específicos, poderá determinar se o seu filho tem ou não o crescimento adequado. Os papais não podem planejar a altura das crianças, mas podem oferecer condições para que elas aproveitem a vida independente de seu tamanho, tenham elas ou não um distúrbio relacionado ao crescimento.