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Psicologia infantil: quais os maiores erros que você não pode cometer com seu filho

A missão de criar os filhos para serem cada vez mais empáticos, responsáveis e autoconfiantes é árdua, e, eventualmente, os pais podem não fazer da melhor maneira. Conhecer alguns aspectos da psicologia infantil pode ajudar a evitar esses erros:

Usar palavras erradas

Quando você diz “tetê” em vez de “mamadeira”, “ti lindu” em vez de “que lindo” ou transforma uma palavra que o pequeno diz errado em uma brincadeira para a família, inocentemente você prejudica o desenvolvimento da fala e da autoconfiança do pequeno.

Os mais velhos sempre devem ser o modelo da criança, empregando o vocabulário coreto desde a chegada do bebê. Dessa forma, você não prolongará a infantilidade do seu filho, o que será difícil corrigir no futuro, e permitirá que ele se desenvolva em seu tempo.

Fazer ameaças

Colocar a criança de castigo pode ser eficaz para ensinar respeito e limites. No entanto, quando você diz diversas vezes para ela “estamos atrasados e você ainda não colocou o tênis, vai ficar de castigo”, sem efetivamente fazer isso, é dizer que suas ordens e instruções são sem efeito.

O ideal é que a comunicação com a criança seja breve e clara, como “coloque o tênis, vamos sair agora” ou “você não colocou o tênis quando pedi, agora está de castigo”. Dessa forma, os pais ficam menos irritados e evitam criar resistência e ressentimento nos pequenos.

Não escutar

Escutar atentamente os pequenos é um desafio, seja porque eles falam o tempo todo ou porque você está com a cabeça em outro lugar. A falta de resposta e até mesmo de contato visual, tom de voz e expressões faciais demonstra falta de consideração e de empatia.

Se você não puder ouvir o seu filho quando ele quiser, seja sincero e diga “a mamãe está resolvendo outro assunto, daqui a pouco vou te chamar e você me conta tudo”. É melhor reservar um tempo para uma comunicação de qualidade do que deixar o pequeno desapontado. Lembre-se que, para a criança, é difícil suportar longos períodos de espera.

Gritar

Pais que não tiveram bons modelos educativos ou que estão estressados tendem a gritar com os filhos. Se esse comportamento se tornar habitual, a criança terá baixa autoestima, ficará nervosa e tomará atitudes agressivas, além de achar que o grito é aceitável.

Os pais precisam encontrar maneiras de extravasar e de se acalmar. Contar até dez, praticar esportes, fazer meditação ou apenas sair de perto da criança por alguns momentos são táticas que podem ajudar o adulto a se autocontrolar para, só então, reagir à situação.

Dar brinquedos para compensar a ausência

Muitas vezes, a rotina de trabalho e outras responsabilidades dos pais não os deixam passar muito tempo com os pequenos. Alguns pais tentam “compensar” a ausência dando brinquedos e outros itens quando estão por perto, um hábito negativo que transforma as crianças em egoístas e consumistas.

Se você não consegue passar tanto tempo quanto gostaria com o seu filho, a melhor coisa a se fazer é investir no tempo de qualidade. Brincar junto com a criança, levá-la para um passeio ou colocá-la para dormir são formas muito mais positivas de estar presente.

Elogiar demais ou da forma errada

O elogio é uma das melhores formas de valorizar e motivar o comportamento dos pequenos, porém, se for usado a todo o momento sem um propósito, ele se tornará inútil, fazendo com que o seu filho não veja veracidade nos elogios, revertendo o potencial positivo na autoestima.

O elogio deve ser o resultado de um trajeto percorrido pela criança. Demore um pouco para reagir para evitar a ansiedade, dizendo “Hmmm, o que você desenhou aqui?”. Procure enfatizar as melhorias e o esforço, dizendo “esse desenho está ainda mais bonito do que o último” em vez de “você desenha muito bem”.

Deixar a rotina cheia

É ótimo que as crianças realizem atividades diversas, como prática de esportes, aulas de idiomas, ensino de música, fazer a tarefa de casa, alimentar o animal de estimação, entre outras, mas elas também precisam de tempo livre para que possam desenvolver a disciplina e a concentração.

Na infância, é essencial que os pequenos tenham tempo para brincar e viver a infância com qualidade. Evite encavalar os compromissos e escolha, no máximo, uma atividade além das aulas e tarefas domésticas para o seu filho realizar. No mais, os brinquedos infantis também podem ser uma ótima alternativa ao aprendizado.

Mentir

Ao contar algumas mentiras para agilizar o dia a dia da família, como “o carro só anda se você colocar o cinto de segurança”, você estará ensinando o seu filho a mentir também, além de afastá-lo, pois, eventualmente, ele vai descobrir a farsa.

A atitude certa a se tomar é sempre conversar aberta e claramente com a criança, em uma linguagem apropriada para a sua faixa etária. Portanto, diga “só podemos transitar em segurança se você colocar o cinto, caso contrário, podemos nos machucar.

Interessantes essas dicas, não é mesmo? Aproveite e entenda também o que é TDAH, o transtorno de déficit de atenção