Como os bebês se comunicam?
Quando o assunto é comunicação, podem existir dúvidas sobre a idade adequada para que a criança comece a falar, reproduzir sons, pronunciar algumas palavas ou ainda sobre o que fazer se ela começar a gaguejar.
Muitas vezes, seu filho é um "expert" em inúmeras atividades, domina muito bem os comandos do computador, joga maravilhosamente, porém, quando precisa usar um outro tipo de linguagem tem problemas.
Você pode fazer muito para a comunicação da criança
Quando já existe uma alteração na comunicação infantil, a família tem papel importante no encaminhamento da criança para tratar os problemas que possam surgir no seu desenvolvimento. No caso de problemas de comunicação, levar a criança ao fonoaudiólogo, tão logo as dificuldades sejam percebidas, é uma forma de poupá-la de complicações mais graves que podem prejudicá-la em muitas áreas. Existem alterações da comunicação da criança que devem ser tratadas. Esperar que o tempo as resolva é inútil e danoso.
A família pode também prevenir a instalação de problemas na comunicação da criança, adotando posturas que favoreçam um bom desenvolvimento da linguagem.
Atitudes que fazem a diferença para o desenvolvimento da comunicação
Algumas atitudes e ações dos pais são determinantes para garantir um processo saudável de comunicação da criança:
- Para contribuir no desenvolvimento da criança, é importante conversar com a mesma, desde os primeiros dias de vida, estabelecendo vínculos de linguagem e afetividade;
- Utilizar os padrões adultos de linguagem: evitando infantilizar, através do emprego de termos que não fazem parte do vocabulário da língua, por exemplo, "tetê" para mamadeira;
- Cantar músicas infantis de forma que ela possa familiarizar-se com as palavras, a entonação e o prazer de exercer essa forma de comunicação;
- Ler livros de histórias, apropriados à faixa etária do pequeno. Respeitando a ideia de que: inicialmente, a leitura deve ser para eles e, posteriormente, por eles.
Identificando problemas de comunicação
Os próprios pais identificam quando alguma coisa não está certa na comunicação das crianças. Afinal, na convivência cotidiana, vale muito a sensibilidade para saber se seu filho está se desenvolvendo de forma saudável. De qualquer forma, é bom estar atento a alguns sinais:
- Crianças com mais de quatro anos e seis meses de idade com trocas de sons na fala, ou que, mesmo antes desta idade, destoem em seu desenvolvimento físico, mental ou emocional ou, ainda, vivam em ambiente que não proporcione boa estimulação;
- Crianças com pouco vocabulário ou que tenham dificuldades em estruturar frases e contar fatos;
- Má postura de lábios, língua e bochechas, por problemas respiratórios ou por hábitos inadequados, como sucção de dedo, por exemplo;
- Problemas neurológicos, deficiência auditiva, fissuras lábios-palatais etc;
- Alterações no ritmo da fala, como gagueira, fala rápida ou lenta demais;
- Problemas de voz;
- Dificuldades de atenção, concentração e raciocínio;
- Dificuldades na aprendizagem escolar;
- Trocas frequentes de letras na escrita, dificuldades de vocabulário e redação, dificuldades de leitura compreensão da escrita.
Adolescentes e adultos que apresentem as dificuldades citadas também merecem atenção e podem ser acompanhados por um profissional.
O fonoaudiólogo poderá avaliar as alterações e o potencial de seu filho e tem capacidade para orientá-lo a aprender e comunicar-se melhor. Ele também é o profissional que irá orientar melhor os pais, informando sobre caminhos para estimular a criança no domínio da linguagem falada e escrita, tão bem quanto executa outras atividades do seu dia-a-dia.