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A importância do esporte para as crianças

criança na piscina

A prática metódica e regular de exercícios físicos deve ser estimulada na infância, sobretudo nas grandes cidades em que o confinamento em apartamentos impede maior mobilidade corporal.

Os esportes, praticados com orientação adequada a cada idade, atuam naqueles três setores: desenvolvem aptidões pelo melhor condicionamento físico, causam bem-estar psicológico e permitem melhor integração social, pois algumas modalidades esportivas exigem lealdade, perseverança e decisão.

Geralmente, a educação física é ministrada nas escolas, sempre metodizada e em grupos, através da ginástica e de jogos que visam favorecer a respiração. São desaconselhados na idade escolar os exercícios de força (como levantamento de pesos), levando-se em conta que a musculatura ainda não está bem desenvolvida.

De todos os esportes, a natação é o único que pode ser praticado precocemente pela criança: em torno dos três anos de idade, sobretudo se a criança for asmática. Antes dos três anos, a criança não coordena ainda os movimentos respiratórios com as braçadas, o que não impede que frequente piscina em companhia de adulto ou professores responsáveis e competentes. O judô pode ser praticado desde os cinco anos, nas faixas sucessivas de idade. O futebol, o basquete e o voleibol podem ser iniciados entre seis e oito anos.

O tênis, o remo e o halterofilismo devem ser praticados de preferência a partir dos dezesseis anos - são esportes da adolescência. Aliás, até essa fase da vida os esportes não devem ser exercidos a título de competição. Na medida do possível, os esportes serão praticados pela criança segundo suas condições físicas e preferências pessoais. Crianças com escoliose não deveriam praticar futebol, ginástica aeróbica, hipismo ou halterofilismo. Nesses casos recomenda-se a natação, o basquete, as corridas e o alongamento.

As armadilhas do esportes na infância

A prática intensiva de esportes na infância, com o objetivo de criar futuros campeões certamente é nocivo, declaram os profissionais no assunto. Esse método anseia resultados imediatos, com as performances esportivas condizentes a índices estabelecidos a partir de referências alheias, sem que fossem feitas ressalvas sobre a compatibilidade com a infância ou a pré-adolescência.

As crianças necessitam de tempo para crescer, aprender e se desenvolver. Elas não pensam ou aprendem da mesma maneira que os adultos, e por isso precisam ser educadas de maneira diferente do que tem sido em muitos casos.

Além de danos físicos e psíquicos, ocorre hoje o que se chama de Síndrome de Saturação Esportiva. Indivíduos que se iniciaram muito cedo na prática esportiva especializada são acometidos por esta síndrome, caracterizada por certa apatia a até aversão pelo esporte. São aqueles campeões mirins ou infantis, em diversas modalidades esportivas, e que despontaram como futuros campeões, mas que desistiram das competições por exclusiva má orientação escolar, técnica, médica e familiar.

O Instituto Americano de Stress (AIS) revela que oito de cada dez visitas ao pediatra são decorrentes do estresse. No Brasil estima-se que afete cerca de dois terços da população infantil.

Desta forma, os pais precisam estar atentos aos acontecimentos de seus filhos, não os sobrecarregando de atividades (mesmo as esportivas) e tentar ajudá-los da melhor maneira possível. Crianças orientadas a lidar com situações estressantes de forma eficiente, criam antídotos para controlar as pressões sem reagir fisiológica e emocionalmente.