6 Mitos e verdades sobre a alimentação da mamãe durante a amamentação
Depois de enfrentar todos os desafios da gestação, a mamãe se depara com um novo mistério: a amamentação dos pequenos.
Durante os seis primeiros meses do bebê, você vai alimentá-lo exclusivamente de leite materno, e, por isso, é necessário garantir que esse alimento primordial para o desenvolvimento do seu filho esteja sempre saudável.
O leite materno começa a ser produzido 48 horas após o nascimento do bebê. Primeiro desce o colostro, uma substância viscosa, rica em proteínas e repleta de anticorpos para fortalecer o pequeno.
Ao longo dos dias e meses, o leite vai se adequando às necessidades do bebê, suprindo-o com todos os nutrientes.
Para isso, a mamãe deve estar seguindo uma dieta saudável e balanceada desde a gravidez, dando continuidade a ela durante o período de amamentação.
Grãos e cereais integrais, proteínas, cálcio, ferro, frutas, verduras, legumes e gorduras saudáveis, como o abacate, o azeite e o salmão devem estar presentes no dia a dia das lactantes. Já as gorduras saturadas e o excesso de açúcar devem ser evitados ao máximo.
Mesmo com uma boa alimentação, é comum que as mamães tenham algumas dúvidas relacionadas à amamentação.
A Alô Bebê preparou algumas dicas. Descubra o que pode ser levado a sério e o que não passa de mito na hora de se preparar para nutrir o seu bebê:
Canjica e cerveja preta ajudam a produzir mais leite
Mito. Você até pode ter a impressão de que está produzindo pouco leite, mas a verdade é que o organismo está preparado para fornecer ao bebê a quantidade exata de alimento que ele precisa.
O movimento de sucção do pequeno e um local relaxante de amamentação são essenciais para estimular a produção e a descida do leite, deixando o bebê satisfeito.
A hidratação também é muito importante para a produção, mas isso não quer dizer que você precisa consumir canjica ou cerveja preta para isso. Água, chás e sucos são suficientes para auxiliar.
Vou sentir mais fome durante o período de amamentação
Verdade. Lembre-se que o seu corpo ainda está “alimentando duas pessoas” e, por isso, a sua necessidade de nutrientes será tão alta quanto era no período gestacional.
A diferença é que, com as mamadas, o gasto calórico é muito maior, e a mulher geralmente costuma emagrecer nesse período, eliminando alguns dos quilos conquistados durante a gravidez.
No entanto, para garantir esse “benefício”, é preciso continuar com a alimentação equilibrada, mantendo, também a sua saúde e a do seu filho em dia.
Feijão e leite de vaca provocam cólicas nos bebês
Não se sabe. Ainda não existe comprovação científica de que esses ou outros tipos de alimentos ingeridos pelas mamães podem causar cólicas nos pequenos.
Se você perceber que o pequeno teve cólicas ou ficou mais irritado após a mamada, tente se lembrar de tudo o que comeu e faça um teste: deixe de ingerir esses alimentos por uns dias e observe a reação do pequeno.
Depois, volte a consumir e note se houve novamente algum tipo de desconforto. Os principais alimentos suspeitos de provocar cólicas são os brócolis, o repolho, a cebola e o leite de vaca.
Café e álcool devem ser evitados
Verdade. A cafeína e o álcool são capazes de atingir a sua corrente sanguínea, passando para o leite materno apenas algumas horas após o café, o refrigerante, o chocolate, o chá ou a caipirinha.
Isso pode deixar o seu bebê irritado e com dificuldade para dormir, dependendo da resistência que ele possua a essas substâncias e da quantidade que você ingeriu.
Por isso, minimize o consumo de cafeína e deixe as bebidas alcoólicas restritas às ocasiões especiais, e, mesmo assim, em pouca quantidade.
Abacaxi altera o sabor do leite
Verdade. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, o sabor dos alimentos ingeridos pelas mamães durante o período de amamentação chega ao leite materno em poucos minutos.
Os sabores cítricos, como o abacaxi, a menta e a cenoura, produzem as mudanças mais visíveis no leite, que duram algumas horas.
Entretanto, você não precisa se preocupar com a variação de gosto, pois quando o pequeno ainda estava no seu útero, o gosto do líquido amniótico também se alterava, deixando-o acostumado com as mudanças.
Além disso, dessa forma, os pequenos aceitam melhor os novos sabores. Existe uma inflamação na região das mamas, chamada de mastite, que também pode alterar o gosto do leite, deixando-o salgado e provocando a rejeição dos bebês. A doença exige tratamento.
Posso fazer dieta enquanto amamento
Parcialmente verdade. Você provavelmente está ansiosa para recuperar o seu corpo anterior à gravidez, mas esse processo será longo e pode demorar até mesmo mais de um ano!
Não há razão para se apressar, mas, se você realmente deseja acelerar o emagrecimento e a tonificação corporal, fale com o pediatra e o nutricionista a partir dos dois meses de vida do pequeno.
Mesmo com a liberação médica, um regime radical não será possível, pois a perda de peso rápida leva à liberação de toxinas que atingirão o seu filho. Dietas extremas também podem alterar a produção de leite. Por isso, prefira valorizar e orgulhar-se do seu corpo de mãe, pelo menos enquanto o seu filho depende dele.