5 mentiras que toda criança conta e que não devemos levar tão a sério
Esse comportamento, por incrível que pareça, é extremamente sofisticado! Para mentir, o pequeno precisa saber em que você acredita para adaptar estrategicamente a história para que ela possa ser plausível.
Na verdade, as crianças “mentem” desde que estão na barriga da mamãe. Os bebês manipulam os hormônios maternos para que possam sobreviver, especialmente no último trimestre da gestação.
Depois disso, em torno dos dois ou três anos, os pequenos começam a contar mentiras ocasionais, e o hábito fica mais frequente entre os quatro e sete anos.
Os motivos para as mentiras infantis são bem semelhantes aos dos adultos: as crianças não querem se dar mal! É por isso que você precisa ensinar a ela a importância da honestidade e como solucionar situações sem precisar recorrer às mentiras.
Algumas “mentirinhas” são muito contadas pelos pequenos, e, apesar de não serem decisivas para a sua formação, precisam da compreensão e atenção dos pais, como:
Eu não fiz isso
É comum que os pequenos neguem seus atos (mesmo se você tiver presenciado), como comer um doce ou bater no irmão, especialmente quando eles têm entre dois e quatro anos. É porque, nessa fase da vida, elas não têm ideia de onde começa e onde termina a verdade.
Quando essa situação acontecer com você, procure deixar a criança em dúvida, verbalizando que você não se convenceu, como “mas suas mãos estão sujas”, “então seu irmão está com essa marca vermelha por quê?” ou “você tem certeza que foi isso que aconteceu?”.
Além disso, nessa idade, aproveite a oportunidade para conversar com o seu filho sobre a importância de falar sempre a verdade. Recorra a história do Pinóquio, por exemplo, para tornar o momento compreensível pela criança.
Tem um monstro embaixo da cama
As crianças com mais de três anos têm a imaginação muito fértil e, até os sete ou oito anos, têm dificuldade de compreender o que é realidade e o que é ficção. Por isso, esse tipo de mentira é totalmente inocente.
Conforme as crianças crescem, passam a separar melhor o que real e o que não é, e esse tipo de “mentira” naturalmente vai embora.
Entretanto, é muito importante que os pais ajudem os pequenos a compreender o que faz parte do mundo real – como seres humanos, animais e natureza – e o que faz parte dos desenhos, filmes, videogames e livros, como monstros, bruxas, dragões, animais falantes e assim por diante.
Papai Noel existe, sim
As crianças acreditam em praticamente tudo o que ouvem, até mesmo no que não é racional. É por isso que elas acreditam em Papai Noel, Coelho da Páscoa, Fada do Dente e outras entidades que fazem parte da infância.
Como os adultos geralmente capricham nesses mitos por muitos anos e a crença é fundamental para que os pequenos desenvolvam o raciocínio e a inteligência, quando chega a hora de contar a verdade sobre a existência dos personagens, elas podem relutar para encarar o fato.
Não se preocupe se, à primeira vista, o seu filho insistir. Naturalmente, por volta dos sete anos ele começará a desconfiar dessas figuras e, mais cedo ou mais tarde, vai se decepcionar com a verdade, em um processo que faz parte de seu amadurecimento.
Não tem lição de casa hoje
Entre cinco e oito anos, as crianças começam a testar os limites, e, por isso, passam a contar mentiras para saber até onde podem chegar. Como a escola é algo muito presente na vida delas, ela invariavelmente será parte do arsenal de mentiras do seu filho.
Esse tipo de mentira costuma ser muito fácil de descobrir, pois os pequenos não são capazes de sustentá-las por muito tempo, e eles ainda não entendem isso. Basta conferir os cadernos da criança ou conversar com o professor para saber se há ou não deveres para o dia.
Nessa fase, a criança costuma repetir os hábitos dos adultos, então, você precisa se policiar para não contar mentiras, mesmo que inocentes. Além disso, ela precisa ser reconhecida quando contar a verdade para estimular o comportamento correto.
O jantar estava uma delícia
Conforme as crianças crescem, elas se tornam mais responsáveis por suas atitudes. Ao mesmo tempo, aprendem boas maneiras, e podem se sentir culpadas após contar uma mentira.
No entanto, crianças a partir de nove anos podem mentir para evitar machucar os outros. Você provavelmente já deve ter falado para o pequeno que não se deve rejeitar refeições na casa dos parentes, muito menos dizer que não gostou, então, ele mente.
É essencial ter boas conversas sobre honestidade com os seus filhos nessa fase, explicando em quais situações mentir é aceitável. Crianças que estabelecem esse tipo de cumplicidade com os pais se sentem confortáveis para confidenciar informações, o que será um privilégio durante a adolescência.
Aproveite e entenda também os maiores erros que deve evitar com o seu filho!